O OLHAR E O JUIZO!

27 novembro, 2008

E se chegar o dia em que a humanidade venha a saber que o Universo só existe no olhar, e que todo olhar altera o que existe?

Hoje imaginamos que o mundo que está com sérios problemas objetivos é a coisa mais real que existe. Assim, os problemas são econômicos, políticos, ambientais e sociais. O mais... -- pensa-se: decorre dessas realidades perversas.

Um dia, todavia, por todas as vias, saberemos que o olhar é de fato a luz do ser; e que o ser consciente de si [e que, portanto, possui olhar], ao ver, já o faz a partir dos pressupostos pré-existente no olhar. Assim, a vida é trevas ou luz, dependendo do olhar.

Entretanto, como os olhares são em geral feitos de trevas [fruto amargo do ódio, da indiferença, do egoísmo, da soberba, da vaidade ou do desespero] -- então a soma dos maus olhares cria a realidade prevalente aos sentidos.

Portanto...

E se um dia descobrirmos que esse mundo exterior é apenas um plasma infindo em suas assimilações dos olhares, e que de fato tudo era apenas a projeção de nós mesmos?

Tenho falado bastante do assunto porque estou convencido de que as palavras de Jesus acerca do fato dos olhos serem a lâmpada do corpo-ser, e que o bom olhar faz a pessoa ficar luminosa, é algo cujas implicações atingem tudo dentro e fora de nós; até mesmo o Universo.

Sim! Por mais que eu veja a infinitude do Cosmos, com seus bilhões de galáxias e fenômenos loucos, mágicos e caoticamente lindos e ordenados, ainda assim não me sinto esmagado, pois, eu os vejo, e eles não vêem a mim; e, assim, ponho-me a pensar que não pode haver poder maior no Universo criado do que aquele que faz pensar e ver.

Deus é espírito. Daí decorre que na criação não há poder maior que o do espírito.

Acredito que um dia saberemos que nós dêscriamos a criação com nosso olhar de morte, medo e violência.

Por isto é que o Juízo Final será a soma de nossos olhares!

Cada um então existirá na existência que buscou como verdade para si, pois, é pelo olhar que o mundo por vir está sendo criado por cada um e para cada pessoa.

Então cada um receberá segundo o seu olhar!

Jesus disse que a nada julgaria por Si mesmo. Mas disse que Ele ouviria e, assim, julgaria. Desse modo, cada olhar, pensamento e obras humanas são confissões para o juízo.

Sim! O mundo é nossa história coletiva e que bem expressa nosso sentir individual!

E como é difícil não contaminar o olhar!

Todos os dias me apanho vendo como naturais e realistas coisas que não carregam o padrão do céu na terra, conforme Jesus mandou orar e buscar. Então, tento corrigir o meu olhar mediante novas ações. Afinal, é pelas ações que o olhar se fixa em nós como padrão.

Desse modo enxergo minhas imensas contribuições diárias para a minha morte e a de muitos, pois, enxergo que participo essencialmente de todo o processo de morte no mundo, ainda que supostamente eu lute contra eles.

Falo que o olhar está matando o mundo, e que a natureza geme por nossa causa, e que o planeta está em agonias!... -- porém, não estou vivendo numa caverna e nem na floresta, e uso de todos os agentes de asfixiamento da vida e do planeta em tudo o que faço; até quando faço minha higiene pessoal ou quando escrevo este texto sobre o assunto. É o combustível da morte o poder que me dá meios de enviar esta mensagem até você via Internet.

Cada coisa que pela prática e o uso nós confirmamos como realidade, torna-se de fato a nossa realidade; e se tal coisa se fixa como real-normal para todos, assim será na terra como o seja na mente.

Estou escrevendo no jardim. Tudo à minha volta é belo. Vida. Muita vida. Muita cor. Muito éden. Entretanto, já houve dias em que toda essa beleza sumiu de meus olhos por completo. Sim! Houve dias que desfiguraram o jardim embora nem uma planta ou animal tenha sido mexido nele.

Hoje a Física Quântica sabe que o olhar do observador altera o objeto observado. E isso é apenas uma fração de tudo.

O Universo é antigo. Mas o mundo é novo. O mundo começou com o olhar humano. Daí não ser estranho crer que a Terra ficou bem por milhões de anos antes do olhar consciente aparecer no planeta. Porém, depois do olhar, tudo se acelerou de modo sem precedente. E a Terra passou a mudar mais em cem anos que em cem mil; e, hoje, cada dia vale milhões de dias, pois, o que milhares e milhões de anos demoraram para produzir de modo natural e cíclico, a humanidade-olhar cria agora dia a dia contra ela própria.

Jesus não disse que poderíamos mudar o mundo em razão de que ele tem um Príncipe de Trevas. Mas mandou que lutássemos contra tal poder pelo amor, pelo olhar; pois, mesmo que não mudemos a mundo; o mundo, todavia, não nos mudará pelo seu mal.

"Pai! Não peço que os tires do mundo, mas sim que os livres do mal".

Pense nisso! E limpe seu olhar pelas suas ações, até que seus processos mentais entrem no ambiente continuo da renovação de sua mente, sempre mediante ações e pensamentos de não conformação com o mundo.

Nele, em Quem temos moradas maiores e mais lindas que nossos melhores olhares,



Caio

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SANTIDADE OU SANITARIEDADE?

11 novembro, 2008

Viver de modo santo é viver a vida humana, cheia da Graça que Jesus viveu.

Nada é mais santo!

Nosso problema é que só vemos santidade em Jesus porque Ele ressuscitou dos mortos. Se Ele estivesse aqui hoje, vivendo como Ele viveu, entrando nos lugares em que entrou, tratando as pessoas como tratou, permitindo-se tudo aquilo a que se permitiu, será que a “igreja” diria que Ele era santo?

Glutão, bebedor de vinho, samaritano louco, possesso pelo Demo, amigo de pecadores, de meretrizes e de gente estranha! — era como Ele seria outra vez chamado pela religião.

Para não falar que Caifás e o Sinedrio de Israel tinham de Jesus apenas inveja política e desconforto religioso.

Entre nós, seria a mesma coisa, mas inegavelmente o narcisismo de nossos “caifázes” é muito mais cheio de caifézes!

É claro que nenhum de nós tem ou jamais terá a liberdade pura e limpa que Jesus trazia em Si mesmo.

Eu sou nascido em pecado... Mas quando penso o que deve se deve buscar como santidade, penso em aprender a entrar em todos os banquetes, e não ser jantado; visitar os mortos e não me sepultar com eles; ouvir a estupidez dos fariseus e não ficar amargurado como eles; salvar os condenados pelo juízo e não fazer da Graça do perdão uma concessão para eu mesmo sacar do crédito de minha misericórdia, a fim de abusar do próximo.

Santidade é vida experimentada na Graça e vivida em crescente estado de amor.

Santidade é a humanidade sem medo de si mesma e sem acomodação a ela própria.

Santidade que não se parecer com Jesus, é apenas insanidade religiosa, apesar de poder ser profundamente sanitária em suas demonstrações.

É como privada de hospital...

Sanitariedade religiosa é só para “inglês ver”.

Santidade espiritual é o que Deus vê.

O ser santo limpa o interior do copo.

O ser sanitário apenas o lava por fora.

O ser santo tem um mundo interior.

O ser sanitário só tem mundo da cara para fora, e não é para ver o próximo, mas apenas para encenar o modo como desejar ser sanitariamente percebido.

Insanidade sanitária, sem a sanidade da santidade...

Santidade pega, mas não se suja; vê, mas não tem que cobiçar; tem poder, mas não precisa usar; é julgado, mas não se deixa julgar... prossegue em seu caminhar!

Nele, o Santo,



Caio

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EVANGELIZAÇÃO TIPO “DÁ O PÉ LOURO” E “CATA PIOLHO”.

04 novembro, 2008

ANUNCIAR A BOA NOVA NO MUNDO é algo que faço por Jesus, que ordenou que assim fosse; pelo mundo, que necessita saber da Boa Nova como paz e reconciliação real com Deus; e, por mim mesmo, pois, quanto mais anuncio e me comprometo com o anúncio, mais homem do Evangelho eu me torno em meu ser.

Assim, ai de mim se não pregar o Evangelho; pois, sabendo o que sei... como viveria em paz se não o dissesse?

“Bem-aventurado aquele servo a quem o seu Senhor, quando voltar, o achar fazendo assim!”

Assim, o mundo é beneficiado, mas o grande ajudado é sempre aquele que ajuda: “Bem-aventurado aquele servo”... que fizer como o seu Senhor mandar.

Sim! Seja multiplicando o seu talento, seja tratando bem os irmãos e a todo próximo, seja vigiando como virgens prudentes, seja anunciando o Evangelho enquanto se o vive.

Aliás, uma coisa não é prerrogativa para que se fique isento do compromisso com todas!

Não sou chamado para saber por que prego. De fato, quem quer que pregue e não saiba por que em seu intimo, não deveria pregar a ninguém.

Na realidade você também fica sabendo quem entendeu o Evangelho [e nele de fato creu], pelo modo como essa pessoa também se posiciona em relação à importância essencial do anuncio do Evangelho no mundo.

“Não fazemos bem. Se ficarmos calados e nos beneficiando sozinhos desse tesouro de alimentos, sem que o contemos ao povo, seremos tidos por culpados. Levantemo-nos e contemos ao povo. Hoje é dia de Boas Novas!” — disseram os quatro leprosos que acharam tesouros e comidas no acampamento do inimigo, que partira fugindo de medos provocados por Deus; enquanto todo o povo experimentava a fome, sem saber que o inimigo já estava exposto ao desprezo pela ação libertadora de Deus.

Os Quatro Leprosos de Samaria continuam a ser muito mais conscientes do que quase todos os crentes no Evangelho que eu conheço.

O negócio não é falar sobre o Evangelho com outros papagaios de Evangelho.

Conversa de crente com crente e que se estabelece como um papo crônico sobre o Evangelho, é como Chat de papagaios, repetindo uns para os outros o clássico “dá o pé louro” ou o famoso “cata piolho”.

Portanto, os crentes ficam tentando convencer outros crentes acerca de como se deve “dar o pé”, e, também, sobre como é que se “cata piolho” nos outros empiolhados.

“Dar o pé” é equivalente a freqüentar a “igreja”; e o “cata piolho” é a tarefa “evangelística” como treino e conferencia sobre o assunto.

Mas essa é uma discussão de “gaiola”. Papagaio solto não brinca de falar...



Pense nisso!


Nele, que nos ordenou amar vivendo e viver amando, pois, assim, a Palavra se torna Vida,


Caio
4 de novembro de 2008

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PARA QUEM DIZ O QUE DEUS SABE E O QUE DEUS NÃO SABE!

23 outubro, 2008

Estou vendo todos os dias o que já não existe, mas que para mim parece ser ainda real.

Olho para o céu. Nele há coisas que existem ainda, como o sol, a lua, os planetas e bilhões de galáxias, enquanto vejo também um monte de corpos celestes que já morreram, que viraram poeira cósmica há milhões ou até bilhões de anos, que morreram antes de a Terra existir, mas cuja luz viaja pelo espaço cintilando desde sempre sobre nosso planeta, e, especialmente sobre a percepção sensorial dos humanos, sendo, entretanto, apenas luz viajando no espaço, anunciando a morte de uma estrela antes mesmo de nosso sistema solar haver sido criado.

Ora, quando tais estrelas morreram, nós não existíamos, e, em muitos casos, a vida como a conhecemos não existia também.

Assim, até mesmo na linearidade do tempo-espaço nós não temos nem mesmo modo de sentir tais coisas, pois, vemos muito do que já não é.

Estamos fazendo poesia para estrelas defuntas ou até já inexistentes.

Entretanto, ousamos dizer se Deus sabe, não sabe, pode ou não pode saber as coisas antes de nós...

Brincadeira!

O que é antes? Para quem?

Ora, existe antes para mim, que até a um século achava que as estrelas todas que vejo ainda estavam existentes no céu.

Mas para Deus o que é antes?

Sim! Para Ele que criou e vê a criatura dizer o que é ou não é para Deus, quando, essa criaturazinha nem pensa que quando as estrelas morriam já era antes de haver homem?

Mas o homem vê o que não existe e tenta ainda dizer o que é e o que não é em relação a Deus.

O tempo não é o mesmo para ninguém, mas apenas para Deus; e Deus o tempo existe em Deus, mas Deus não habita o tempo.

Até na dimensão básica que habitamos de tempo-espaço, o tempo não é o mesmo, pois, uma estrela morre antes de haver Terra, e, ainda assim, só ficamos sabendo quando a Civilização humana está chegando ao seu ocaso.

O tempo só seria o mesmo para o homem se o homem pudesse também ser simultâneo na percepção do espaço. Mas como o espaço não nos é simultâneo na percepção — prova disso é nossa dês-atualização em relação à morte das estrelas para nós supostamente ainda existentes — o tempo também não nos é, sendo essa a razão porque o homem somente conhece uma fagulha do tempo, do mesmo modo como é esmagado pelo espaço.

Desse modo, como discutir Deus em relação ao tempo, se, até a luz de uma estrela só me é discernível, muitas vezes, bilhões de anos após ela ter morrido?

Teólogos! Um conselho: É melhor virar astrônomo e estudar estrelas do que se arrogar a dizer o que é antes, durante e depois para Deus.

Pelas dimensões do Universo fica claro para mim que apenas para Deus existe o que chamamos de “ao mesmo tempo”.

Sim! Para Deus tudo é ao mesmo tempo!

Para mim, todavia, não. Pois, morre uma estrela e só fico sabendo bilhões de anos depois!

Quem pensa, pára de pensar bobagem!


Caio
23 de outubro de 2008.

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O PODER DA MENTE SOBRE O CORPO!

Papai, em razão de sua fé no Evangelho, sempre creu na regeneração de tudo, de qualquer coisa.

Levava sua fé a tal extremo, que nos primeiros anos de caminhada, me dizia com naturalidade:

“Meu filho, nunca beba veneno e nem coisa alguma que faça mal. Mas se beber sem saber, e depois vier a ser informado, não se desespere. Apenas creia, em nome de Jesus, que aquilo não lhe fará mal. Porém, saiba: isso somente é válido para a nossa ignorância ou se formos obrigados”.

Com relação ao tema da regeneração, ele o levava para todos os campos, inclusive para o da neurociência, antes de ela existir com tal designação, pois, papai, nos hospitais, nas visitas que fazíamos pelas manhãs, leito a leito, me dizia diante de pacientes em coma:


“Nunca creia que eles não podem se comunicar. Sempre fale, pregue e ore. Se os médicos acharem ridículo, não se importe. A fé comunica direto ao espírito. Além disso, a ciência diz que tecidos nervosos não se recuperam apenas porque é ainda ignorante, mas quando deixar de ser, verá que tudo se regenera, até o cérebro.”

Muitas vezes ele me pediu para dizer uma palavra e orar para pessoas em coma, e, algumas vezes, diante do escárnio de médicos, ele me dizia:

“Prossiga meu filho. Nós trabalhamos para a eternidade”.

Algumas vezes vimos médicos e enfermeiras silenciarem em seu escárnio em razão de o comatoso começar a derramar lágrimas.

Quando ele enfartou a segunda vez, no meio de um procedimento de colocação de um stant em uma das vias do coração, mandou que o médico — que estava em pânico em razão de que muita gente telefonava para ele dizendo que cuidasse muito bem daquele homem velho de Deus — me chamasse.

“Meu filho, diga a ele que seu pai está bem, e que ele não tem poder algum além do que está exercendo. Diga a ele que Aquele que tem o poder é Quem me guarda”.

E assim foi. Expliquei ao médico que papai estava tranqüilo. Que a morte não nos matava. E tudo o mais...

Então, ele, enfartando, disse:

“O nosso amado doutor verá Jesus fazendo muitos igarapés no meu coração, para substituir essa artéria entupida. Ele verá meu filho. Diga a ele”.

Meses depois ele estava cheio de igarapés no coração, o que para ele era natural.

Ano passado, no longo e maravilhoso rito de sua partida, na ITI, outra vez me comuniquei com ele todas as vezes que se fez necessário, mesmo quando tecnicamente se dizia que ele não estaria pronto ou capaz de ouvir.

Falávamos nessas ocasiões na freqüência espiritual que com ele aprendera nos primeiros anos, nos hospitais, quando, andando com ele, andei bem de perto com Jesus, como se eu mesmo estivesse vendo o Seu modo de a tudo tratar através dos modos de meu pai, conforme a simplicidade do Evangelho.

Hoje já é praticamente ponto pacifico nos ambientes da mais evoluída neurociência, que tecidos nervosos podem se regenerar ou serem substituídos por outros, criando respostas diversas e espontâneas de restabelecimentos inexplicáveis.

Sim! Hoje se sabe que o espírito pode alterar o cérebro. Ou seja: que decisões da “mente” mais profunda e dos pensamentos, podem alterar conexões de áreas do cérebro.

Assim, por decorrência, também se sabe que, pela fé que produz os melhores pensamentos e sentimentos, se pode superar até aquilo que antes se julgava irregenerável.

Afinal, Jesus disse:

“Tende fé em Deus”.

“Tudo é possível ao que crê”.


Caio
22 de outubro de 2008

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Ebooks do Pr. Caio Fábio



Alguns livros do Pr. Caio Fábio foram digitalizados e, agora, estão disponíveis em PDF para download.




É só clicar e aguardar.
(demora um pouco para abrir)



Tenha uma ótima leitura!
(É necessário Adobe Acrobat Reader instalado)
- Clique acima para baixá-lo



(arquivo em Power Point)































Outros e-books:

* O Deus que não desiste de amar


* Como ser usado por Deus

* Eu quero ser feliz

* Onde está o infinito-pessoal

* Igreja: Crescimento integral

* Habacuque: Um profeta em agonia - Revista Ultimato 1990

* Uma Graça que Poucos Desejam

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CRISTO PEQUENO, IGREJA APENAS PARA TERRÁQUEOS OCIDENTAIS!

22 outubro, 2008

Paulo nos diz que Jesus é o centro de todas as coisas nos céus, na terra, e em qualquer dimensão ou existência.

Para Paulo Jesus é Aquele em Quem tudo o que existe subsiste.

Ele é também, segundo o apóstolo, o Senhor e Salvador de todos os mundos, criaturas e criações.

Sim! Paulo via Jesus como o Criador-Cordeiro-Coração-Pulsante do Universo.

Ora, no meio disso tudo Paulo também diz que Deus deu Jesus como o Cabeça da Igreja, a fim de que o ambiente espiritual do que Deus vê e conhece como Corpo de Cristo, seja tomado de toda a plenitude de Deus; ou seja: para que na Igreja habite a plenitude Daquele que enche todas as coisas.

Obviamente que pela consciência de Paulo acerca do Senhorio de Cristo em todos os mundos existentes, possíveis e impensáveis, ou seja: o mundo “de qualquer outra criatura” — também se pode concluir que ele também carregava uma consciência do significado supra-histórico do conceito de Igreja.

De fato, tendo o Deus no máximo Planetário que os cristãos possuem, não lhes é possível discernir o conceito multi-cósmico do que Paulo chama Igreja.

A Igreja para Paulo era feita, no tempo, de todas as expressões de consciência do amor de Deus no mundo, independentemente de qualquer coisa, pois, Deus, em Cristo, unilateralmente, se reconciliara com o mundo, e, no mundo, todo aquele que ame e busque verdade e justiça, Lhe é agradável.

E mais:

Para Paulo a Igreja era feita de todos antes, durante e depois dele; tanto entre os homens como entre os anjos. Sim! Todos os entes santos eram Igreja desde sempre!

Sim! Paulo cria que onde quer que haja uma criatura consciente de si mesma em Deus, tal criatura é parte da Igreja, da Assembléia dos santos, e da incontável nuvem de testemunhas em todas as dimensões.

A missão de Paulo na terra era fazer tal mistério antes oculto, e agora revelado, tornar-se conhecido de todos os homens, a fim de que, instruídos na verdade do Evangelho, servissem a Deus em liberdade, consciência em fé e mente aberta e cheia de adoração, ante a percepção da altura, da largura, do comprimento, e da profundidade do significado de todas essas coisas.

Ora, para Paulo, tais alargamentos de significados somente são possíveis pela compreensão que em nós cresça para incluirmos no amor de Deus toda a criação, onde quer que ela, a criação, seja verificada como existente.

Assim, Paulo jamais se assustaria com a descoberta da existência de qualquer mundo ou universo que fosse, pois, para ele, nenhuma criatura existia sem Cristo; e, mais que isto: nenhuma delas teria poder de nos afastar do amor de Cristo.

Portanto, para o apostolo, quem tem real conhecimento do significado do Senhorio de Cristo e, também, do significado supra-histórico do que seja Igreja, esse tal anda reconciliado com toda criação e sem temor de nenhuma criatura.

E mais que isto: tal pessoa se sabe irmã de muitas e todas as criaturas redimidas, nos céus, na terra, ou em qualquer outra dimensão.


Caio

19 de outubro de 2008

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SIMPLES IMPLICAÇÕES DA FÉ EM JESUS

21 outubro, 2008

O que as pessoas precisam saber é que se elas crêem em Jesus, então, nada pode continuar a ser como tem sido; pois, se as coisas são conforme Jesus disse que elas são, implica que Deus é amor; é Pai; é Filho; é irmão dos homens; é Consolador; é a força que acompanha afirmando e emprenhando de esperança aquele que crê — ao mesmo tempo em que, se crêem em Jesus, precisam admitir que os corações dos homens serão julgados; e as aparências serão desvestidas até o que é verdade, pois, somente os atos do amor sobreviverão.

O que as pessoas precisam saber é que se elas crêem em Jesus, então, elas também crêem que no fim a recompensa é de quem foi feliz porque era humilde e ensinável, porque chorou os bons choros, porque dominou o coração contra os impulsos do ódio ou do descontrole, porque andou com o olhar limpo, com a vontade feita de paz, com a perseverança fundada na justiça, e com a alegria advinda dos céus — de onde terá vindo a redenção de quem creu, até o fim de tudo.

O que as pessoas precisam saber é que se elas crêem em Jesus, então, devem assumir que o mundo vai acabar; a natureza vai gemer até parir algo novo; as nações irão se odiar; os povos se ajuntarão apenas para a guerra; e a grande maioria amará muito mais a mentira que a verdade.

O que as pessoas precisam saber é que se elas crêem em Jesus, então, crêem também que Israel será Israel até que chegue o Dia de seu Pranto pelo Unigênito; e que guerras e revoluções acontecerão em toda parte; e que poder algum na Terra trará paz duradoura ao mundo até o fim.

O que as pessoas precisam saber é que se elas crêem em Jesus, então, elas também crêem que os vivos que crerem, quando soar a última trombeta, serão transformados, e, abduzidos por anjos, irão ao encontro do Senhor nos ares. Antes disso, porém, todos os que tiverem morrido no leito da fé na ressurreição, serão levantados da morte. Os mortos ressuscitarão primeiro. Depois os vivos serão transformados. Assim crêem os que crêem.

O que as pessoas precisam saber é que se elas crêem em Jesus, então, elas crêem também que as coisas são como Jesus nos disse que elas são, foram e serão.

Se assim é, por que, então, conseguimos não ser nada do que dizemos crer? Ou será que de fato não cremos em nada do que confessamos com os lábios?

Ora, se você não crê em mais nada disso, então, diga: “Eu não creio em mais nada disso. Para mim Jesus é o Máximo, é meu guru, é meu poder; é o poder que me ensinaram e que funcionou pra mim.”.

Certamente seria ainda mais agradável a Deus!


Nele, em fomos chamados para a OBEDIÊNCIA EM FÉ,



Caio

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UMA BULA DO HOMEM PARA DEUS!

Parece que a coisa mais difícil que existe para alguns cristãos em relação a Deus, tem a ver com o tal encontro paradoxal, e, mesmo, completamente irreconciliável, entre a Soberania de Deus e a Liberdade do Homem.

Se o homem é livre, Deus não sabe tudo. Se Deus sabe tudo, então, o homem não é livre — diz-se com a crença de que se conhece ambas as dimensões, a do finito e temporal, em contraposição ao que seja Eterno e atemporal.

Fico sempre perplexo com a disposição humana de buscar entender Deus em relação ao homem, sempre fugindo do fato que somente importa entender o homem na sua relação com Deus; e isso se tivermos Revelação, do contrário, nem isso entenderemos.

A mera existência da chamada ciência teológica é em si uma falácia, sendo que o termo “teológico” deveria ser considerado algo vinculado ao charlatanismo.

Por quê?

Porque se é de Deus que falamos, então, pela lógica, de Deus deveríamos parar de falar, sem falar que pela própria lógica se chega a tal constatação ante a natureza da revelação de Deus nas Escrituras e na Natureza criada.

Pela Escritura se chega à conclusão simples que não se pode esquadrinhar o entendimento de Deus, o que acaba com a idéia pagã da teologia que se diz o estudo de Deus.

Jesus simplesmente disse que tudo está nas mãos do Pai, ao mesmo tempo em que mandou que os homens cuidassem de tudo como se tudo dependesse de cada pessoa na Terra.

Entretanto, o COMO da Soberania de Deus ou ainda o COMO de Deus ser livre [modo, mecânica], não compete ao homem elaborar, sendo seu exercício apenas divagações tolas e insensatas pela sua própria natureza.

Ora, eu mesmo não compreendo meu próprio modo de agir, como então me arrogarei a entender o Modo de Deus ser?

Proponho aos teólogos que quando todos estiverem curados e resolvidos em tudo, que, então, dêem-se ao luxo de gastar tempo discutindo COMO Deus é.

Antes disso é bizarro!

Depois disso, todavia, não se discutiria tal assunto, pois, uma parte da cura do homem está em resolver sua síndrome de onipotência, mediante a qual se arroga a entender Deus, ou, em outras palavras, arroga-se a criar uma lógica acerca de Deus, uma teologia. Porém, uma vez que ele se enxergue, verá o suficiente para ver que nada vê.

Fico vendo aquela pulguinha dizendo grandes coisas acerca de COMO Deus é. Lá está o homem, vomitando ignorâncias e pensando que são pensamentos de Deus. Não! São pensamentos acerca de um Deus que cabe no pensar, sendo, por isto, apenas obra de artesanato de rasas idéias como matéria prima para a fabricação fictícia e pobre.

A Natureza, no entanto, nos obriga a viver com o que não se entende. Todavia, aparentemente, tais teólogos não ousam falar do Universo, da criação, embora creiam que seja mais fácil dizer COMO Deus é.

Ora, ouvi-los-ei bem melhor quando falarem tão bem quanto seja possível em profundidade falar com entendimento sobre a natureza humana, a partir de si mesmos, e, além disso, quando manifestarem compreensão acerca do que na própria criação manifesta paradoxos irreconciliáveis para a mente do próprio homem.

Sim. Somente depois de lidar com o Paradoxo Irreconciliável na Natureza é que o teólogo pode, gentilmente, falar de sua ignorância acerca de COMO Deus seja.

Mas a criatura é para o teólogo maior do que o Criador. Por isto, ele, o teólogo, arroga-se a falar de Deus, e diz que não fala do Universo e de suas entranhas já conhecidas, pois, nada entende de física ou de Astronomia, ou de genética, ou de biologia, ou de qualquer outro campo do saber. Porém, de Deus ele diz saber tudo, pois, já está dogmatizado ou sistematizado; ou, quem sabe, está em processo de desnudamento pelo saber do próprio homem que diz saber de Deus, apesar de nada saber acerca do que lhe seria mais próprio: conhecer a si mesmo e a criação.

Entretanto, assim mesmo, ele, o homem, fala de Deus, pois, supostamente, crê que Deus seja mais fácil de ser falado do que a Natureza [a criação]; sem perceber que ou ele, o homem, aprende a falar em Deus apenas porque crê Nele, ou que então deve ficar calado até que possa falar compreendendo de si mesmo e a criação, sob pena de se tornar idolatra no pensar, visto que cultua a Natureza com mais reverencia no altar do pensamento do que cultua a Deus em fé, posto que ante a natureza ele se cale, mas perante Deus ele ouse dizer COMO Deus é.

“Eu cri, por isto é que falei”, é como se pode falar que nada se sabe sobre Deus, exceto acerca do que Ele diz de Si mesmo.

A Teologia não se interessa de fato em Quem Deus diz ser, mas sim em COMO o homem precisa que Deus seja a fim de que lhe faça sentido.

Ora, primeiro o teólogo tem que saber lidar com todos os Paradoxos do Universo criado e visível. Se ele puder explicar alguns desses irreconciliáveis paradoxos visíveis e mensuráveis [ainda que com medidas quase infinitas no Macro e no Micro], então, ele, o teólogo, poderá começar a falar nos Paradoxos de Deus, mas apenas para dizer:

Se não compreendo todos os irreconciliáveis paradoxos universais, e que são criações de Deus, como poderei eu entender Deus, se, também, até hoje, não entendo a mim mesmo?

Na Natureza existo sob o signo do Absurdo para mim mesmo, pois, não consigo entender nem mesmo os paradoxos do Cosmo.

Não consigo entender as dimensões do Universo, seu AMBIENTE, seu lugar. Nada sei de seus buracos negros, buracos brancos, novas e super-novas, de suas múltiplas formas de energia, de sua energia branca, de suas fusões galácticas, de sua massa negra em expansão descontrolada... Mas, assim mesmo, aceito viver em tal total ignorância, pois, mesmo não entendendo o Universo, sei que existo. Assim, declaro que o sentido das coisas vai no máximo de mim a mim; e nada além disso.

Ora, é possível que existam também universos paralelos, pois, se de um lado o Macro-Cosmo é impensável em seus tamanhos e em sua natureza estudável e visualmente fixa de ser, de outro lado, no Micro-Cosmo, no nosso até agora conhecido ambiente da matéria, no mundo sub-atômico, encontra-se o paradoxo até agora irreconciliável entre os dois mundos, Macro e Micro, posto que se o primeiro é fixo, o segundo é completamente imprevisível, sendo feito de algo que pressupõe a possibilidade de mudanças totais em razão da natureza não-fixável das partículas quânticas, e, por tal razão, também aberto a existência de universos paralelos.

Eis o Paradoxo.

Sim! Como o que existe e que não posso negar, existe sob as bases de algo não fixo e não fixável, aberto a todas as possibilidades, e, além disso, operando aparentemente sob um principio oposto ao que rege o Macro?

Macro e Micro existem em um paradoxo irreconciliável!

Einstein fugiu do paradoxo. Não podia aceitar o fato que ele mesmo ajudara a entender, apenas porque não compreendia a síntese de tal paradoxo entre o Macro e o Micro, e acabou angustiado ante suas próprias descobertas, em razão de não ter se rendido ao fato que o próprio Universo é feito de elementos que transcendem o homem.

E o que mais não sei além de tudo?

Assim, paremos a converseira acerca de COMO Deus é, e, desse modo, cuidemos de a Ele conhecermos pela fé na Revelação Dele em Jesus, e isso sem pretensões teológicas, mas apenas relacionais.

Do contrario, se alguém falar de Deus sob os auspícios da bandeira Teo-lógica, então, que desse tal se peça que antes fale e explique a natureza paradoxal do Universo, a fim de então, humildemente, apenas dizer que nada sabe acerca da liberdade do homem e da Soberania de Deus, visto que ele, o homem, sabe que em si mesmo ainda é escravo de muita coisa [por isso nada sabendo de liberdade], e que, em relação a Deus, pela própria Revelação, sabe que Dele nada se sabe pela via do saber humano, posto que Deus tenha determinado que pela sua própria sabedoria o homem não conhecerá o Criador.

Além de tudo, eles, os teólogos, também pensam em Deus com categorias finitas em todos os sentidos, pois, o homem é finito, é filho do tempo; e, de si mesmo, não consegue pensar em Deus sem condicioná-Lo ao condicionante humano de tempo: passado, presente e futuro. Ora, se Deus está condicionado em Seu ser ao Tempo, deve-se pensar que Ele está também limitado pelo Espaço, visto que não há meios de Ele estar condicionado a um sem estar ao outro. E, se assim é, não é Deus.
O que passa disso é charlatanismo intelectual!


Caio

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Você gostaria que poucos fossem os salvos?

16 outubro, 2008

Para alguém se tornar cristão entre os cristãos e segundo a prática dos cristãos — o individuo tem que levantar a mão, aceitar a Jesus, ser batizado, freqüentar um lugar chamado “igreja”, dar o dízimo como imposto de renda mensal, e aprender as doutrinas da igreja. Ah! Se for casado tem que ser fiel pelo menos na aparência, se for solteiro tem que ficar casto, pelo menos na aparência. E também não deve fumar, beber e dançar. Assim fazendo será sempre um salvo-orgulho-da-igreja.

Jesus, no entanto, não sabe de nada disso!

Lucas 13 nos dá conta de que alguém perguntou a Ele se poucos seriam os salvos?

A resposta de Jesus é dupla:

De um lado disse que para quem vive de fazer contabilidade de salvos, a salvação é muito difícil, e mandou que se esforçassem a fim de entrar pela Porta.

E mais:

Disse que aqueles que se arrogam à salvação por convívio, estavam perdidos, pois, não adianta dizer “comíamos e bebíamos em Tua presença e ensinavas em nossas ruas”, visto que para Deus somente uma coisa interessa: se a pessoa a Ele se deu em entrega total ou não.

“Nunca vos conheci”. “Apartai-vos de mim”.

Então Ele diz que o inferno desses que faziam contabilidade de salvos, era justamente ver que para quem a salvação é apenas para poucos, a visão final seria a de que ela é para muitos.

Por isto esse que deseja ser um dos poucos salvos, sofrerá choro e ranger de dentes ao ver que muitos vieram do Norte, do Sul, do Oriente, do Ocidente, e, entraram no banquete com Abraão, Isaque e Jacó, enquanto os filhos da herança histórica da informação da fé, de fora estarão, posto que somente quisessem controlar a salvação, ao invés de a ela entregarem-se, como o fazem o pagãos que apenas querem estar dentro, de preferência com todo mundo.

Quem quer uma pequena salvação fica fora da tão grande salvação!


Nele,


Caio
15 de outubro de 2008

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Quem pode enfrentar a guerra sem ter paz?

07 outubro, 2008

Davi, o guerreiro bíblico, dá conselhos acerca de como ir para a Guerra ou acerca de como enfrentar o adversário e as adversidades.

Salmo 27: 4-5

Uma coisa pedi ao SENHOR, e a buscarei: que possa morar na casa do SENHOR todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do SENHOR, e meditar no seu templo. Porque no dia da adversidade me esconderá no seu pavilhão; no oculto do seu tabernáculo me esconderá; por-me-ás sobre uma rocha.

Alguém pergunta:

Mas como? Sim! Como o verso acima pode ser um ensino para a guerra? De fato o que ele diz é acerca de como se sentem bem as pessoas que vivem em algo como um mosteiro de paz e harmonia, algo como um santuário, um tabernáculo singelo e consagrado a Deus.

No entanto, eu digo que, para Davi, todo o segredo de sua vitória na vida residia no que ele dissera sobre viver na “casa de Deus” ou no “Seu santo templo”.

Veja!

O salmo começa afirmando uma certeza:

O SENHOR é a minha luz e a minha salvação; a quem temerei? O SENHOR é a força da minha vida; de quem terei medo?

Então, descreve situações nas quais Davi já estivera antes, mas que, vivendo em Deus, a elas pudera vencer, embora diga que ainda que retornassem a cercá-lo, ele não correria perigo:

Quando os malvados, meus adversários e meus inimigos, se chegaram contra mim, para comerem as minhas carnes, tropeçaram e caíram. Ainda que um exército me cercasse, o meu coração não temeria; ainda que a guerra se levantasse contra mim, não ficaria com medo.

E mais:

Davi fala de não ter medo por estar na Luz de Deus nesta vida, pois, medo são trevas.

Ora, na Luz não há medo, posto que diante dela toda treva desvanece.

Assim como na Luz, no amor e na fé também não há medo. Logo, andar na luz é andar em amor e fé.

É por esta certeza que Davi diz que ainda que ficasse cercado e entrincheirado pelos seus inimigos, cheios de ânimos de morte, seu coração, no entanto, não os temeria e nem ficaria refém do medo e da angustia.

Ora, quem anda na luz só tem os inimigos que não gostam da luz; logo, não gostando de amor e de fé tampouco.

Aquele, porém, que anda na Luz, anda em amor e fé; logo, não tem inimigos. Tem adversário, mas não é inimigo dele.

Afinal, somente assim se pode andar livre. Do contrário, fica-se escravo das guerras e dos ódios de nossos inimigos.

Então, deixando o tema do medo e dos inimigos de lado, subitamente Davi revela o seu desejo mais íntimo: morar na casa de Deus; viver no ar e na atmosfera da Arca da Aliança.

Nesse lugar maior do que qualquer lugar que o contivesse fisicamente, Davi diz que entraria para ver a beleza da santidade de Deus e adorar Aquele que é.

Esta era sua motivação para buscar morar com Deus ainda nesta vida!

Davi não queria poder, queria Presença!

Nesse lugar que transcende a qualquer lugar, pois, antes de tudo, é um ambiente espiritual e interior, Davi diz que além do véu das separações entre Deus e o homem, nas entranhas do tabernáculo, no Santo dos Santos, há uma rocha, e que, nela, Deus mesmo o colocaria.

De lá, de sobre a rocha, ele leva um susto!

Sim! Ele olha e vê seus inimigos todos postos abaixo dele, como pequenas cabecinhas humanas, mas sem poder de alcançá-lo.

Porque no dia da adversidade me esconderá no seu pavilhão; no oculto do seu tabernáculo me esconderá; por-me-ás sobre uma rocha. Também a minha cabeça será exaltada sobre os meus inimigos que estão em redor de mim; por isso oferecerei sacrifício de júbilo no seu tabernáculo; cantarei, sim, cantarei louvores ao SENHOR.

Para Davi tudo tinha a ver com namoro e intimidade com Deus:

Quando tu disseste: Buscai o meu rosto; o meu coração disse a ti: O teu rosto, SENHOR, buscarei.

Assim, habitando o ambiente espiritual do santuário de Deus, da casa e do quatro de Deus [figuras de linguagem], Davi tem liberdade para clamar humildemente sem medo. Ele ora e pede misericórdia, mas não teme os homens, buscando apenas viver em humildade diante de Deus.

Ouve, SENHOR, a minha voz quando clamo; tem também piedade de mim, e responde-me. Não escondas de mim a tua face, não rejeites ao teu servo com ira; tu foste a minha ajuda, não me deixes nem me desampares, ó Deus da minha salvação.

A confiança que o andar na Luz gerara em Davi produzira nele um crer de amor tão grande, que ele diz que se seu pai, Jessé, e sua mãe, o abandonassem e se bandeassem para os seus inimigos, ainda assim ele sabia que o amor de Deus lhe seria fiel:

Porque, quando meu pai e minha mãe me desampararem, o SENHOR me acolherá.

Davi, no entanto, não crê que a experiência da intimidade de Deus trás alguma proteção extra para aquele que é negligente no andar na Luz:

Ensina-me, SENHOR, o teu caminho, e guia-me pela vereda direita, por causa dos meus inimigos. Não me entregues à vontade dos meus adversários; pois se levantaram falsas testemunhas contra mim, e os que respiram crueldade.

Ele buscara andar com Deus por Deus apenas, mas, depois, descobriu dia a dia que até para se enfrentar a guerra tem-se que morar na casa da paz de Deus, em fé e amor.

Por isto, ele afirma algo de natureza essencial acerca de suas motivações:

Sem dúvida eu pereceria se não cresse que veria a bondade do SENHOR na terra dos viventes!

Desse modo, mais uma vez ele afirma que não tem inimigos que como tais sejam cultivados por ele, pois, de fato, seu desejo é pela paz.

Por isto ele diz que todo seu olhar do futuro apenas contempla bondade como visão para o futuro, não de guerra.

Na realidade Davi diz que morreria se olhasse para a vida e nela não pudesse ver a bondade de Deus manifesta!

Sendo esse o seu espírito, Davi conclui:

Espera no SENHOR, anima-te, e ele fortalecerá o teu coração; espera, pois, no SENHOR.

Desse modo Davi nos diz que até para ir à guerra o homem precisa viver na casa da paz de Deus, andando na luz, sem medo e sem angustia, focando o olhar na beleza da santidade de Deus, com o coração amante da vontade de Deus, encontrando na face de Deus sua alegria, e, assim, vivendo em liberdade para temer a Deus sem temer os homens, e, por isto, olhando para a vida com os olhos da esperança cheia de bondade.

Agora leia Hebreus 4:14-16; 6:13-20 — e observe as palavras santuário, véu, Santo dos Santos, tabernáculo; e veja como nosso chamado é para vivermos no ambiente espiritual da casa de Deus, aonde Jesus entrou por nós e conosco; sendo Ele também a Ancora que segura nossa alma na intimidade de Deus; sendo que isto também nos põe em um modo de ser e andar que é carregado das marcas do andar na Luz [Hebreus 10:19-26].

Somente aquele para quem Deus é casa, ninho, pouso, sombra, paz e intimidade em amor — terá desejo sadio de andar na Luz; e, assim, também se congregar com outros, também sem medo.

Davi ensina que somente pode enfrentar a guerra aquele que está livre do ódio. Quem odeia já é escravo antes de a guerra começar; e, não importando o resultado, ainda que vença, continuará escravo; pois, aquele que odeia é escravo do ódio.

Assim, conforme Jesus nos ensinou, eu pergunto:

Você tem inimigos? Quer vencê-los? Então, ame-os; e faça isto por ter seu coração cativo do amor de Deus, de Sua intimidade.

Somente assim o Salmo 27 será verdade para mim e para você!


Nele,

Caio
6 de novembro de 2008

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Por que Jesus mandou pregar?

02 outubro, 2008

Por que Jesus mandou pregar o Evangelho?

Primeiro devo começar com o que não é objetivo do anuncio do Evangelho, mas que entre a multidão dos discípulos equivocados, é aclamado como sendo parte do objetivo do Evangelho.

Não é objetivo de Jesus que o Evangelho seja anunciado a fim de fazer as pessoas mudarem de religião.

Nem tampouco para que as pessoas passem a freqüentar um templo, nem para cantarem hinos para Jesus entre chineses ou hindus, esquimós ou índios nus, como dizia o “corinho” da Escola Dominical.

Nem ainda é objetivo de Jesus que o Evangelho seja anunciado para que o Cristianismo se expanda na Terra. Deus não é cristão, contrariamente ao que alguns dizem: “O Deus cristão é...” assim ou assado...

Nem ainda é objetivo de Jesus que o Evangelho seja anunciado para despovoar o inferno e povoar o céu, como se tudo dependesse da iniciativa do “cristianismo” para a salvação humana.

Nem ainda é objetivo de Jesus que o Evangelho seja anunciado para que os crentes sejam “glorificados” na Terra.

Nem ainda é objetivo de Jesus que o Evangelho seja anunciado para batizar pessoas usando muita ou pouca água.

Nem ainda é objetivo de Jesus que o Evangelho seja anunciado para que se discuta com os novos convertidos o resto da vida acerca de quem joio e quem é trigo.

Nem ainda é objetivo de Jesus que o Evangelho seja anunciado para criarmos impérios de comunicação cristãos.

Nem ainda é objetivo de Jesus que o Evangelho seja anunciado para qualquer coisa que não seja a encarnação do bem do Evangelho no coração das pessoas.

O Evangelho é a noticia de Deus aos homens, a saber: que Deus estava em Cristo reconciliando consigo mesmo o mundo todo.

Jesus não ergueu nada fora do coração humano, correndo todos os riscos de tal “confiança” na natureza humana, pois, de fato, fora do coração não cabe nada que seja essencialmente reino de Deus.

Qualquer bem do Evangelho será sempre vida. E vida como o ensino e conforme a prática de Jesus, no espírito de tudo o que Ele viveu e, assim, ensinou.

O Evangelho, portanto, antes de tudo é Reconciliação.

Sim! É Reconciliação do homem com Deus, consigo mesmo e com o próximo, mesmo que o próximo seja inimigo, pois, assim como Deus se reconciliou conosco sendo nós inimigos de Deus no entendimento e nas praticas de obras perversas e alienadas, ainda assim Ele nos amou e nos ama, e, unilateralmente se reconciliou conosco.

É Reconciliação com Deus porque Deus a fez e feita está. Assim, não há o que discutir, mas apenas dizer “quero” ou “não quero”.

É Reconciliação do homem consigo mesmo porque Deus o perdoou. Portanto, perdoado está todo homem que creia que está perdoado; e assim viva como quem crê que está perdoado, perdoando outros, como Deus em Cristo o perdoou.

É Reconciliação do homem com seu próximo, pois, quem foi perdoado de tudo, perdoa tudo e segue em amor.

Portanto, é apenas Reconciliação que o Evangelho carrega como objetivo.

Por causa disso, o Evangelho é também Reconciliação do homem com o todo da criação de Deus, pois, se o que existe é de Deus, e nós dizemos que Dele somos, o natural é amar a tudo o que Ele criou, e proteger cada coisa para ter sua própria existência.

Se a pregação gera isto como vida, então é o Evangelho que se está pregando. Mas se não gera, ou é porque quem ouve não quer ou não entende; ou, então, é porque não é o Evangelho que está sendo pregado.

O Evangelho ensina tudo, menos uma religião. Aliás, desde que João disse que na Nova Jerusalém não há santuário que ficamos sabendo que o Evangelho é ateu de religião.

É simples assim.

O Evangelho é o bem das ovelhas de Jesus em todos os outros apriscos.

Ora, o Evangelho pode ser o bem de Jesus até para cristãos, quanto mais para todos os homens.

É ou não é?


Caio

01 de outubro de 08

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Você quer "tomar" do diabo?

25 setembro, 2008

A presunção do crente-cristão é perdoável.

Afinal, veja o que contaram a ele:

Disseram a ele que o mundo, o cosmo, tudo o que existe, começou a não muito mais que seis mil anos; e que o homem é, de fato, um ser criado no sétimo dia de uma semana comum, de sete dias, como a semana passada foi.

E mais:

Disseram ao crente que o homem veio para fazer companhia a Deus.

Antes disso nem se pode imaginar o que era de Deus. O que também leva o crente a pensar que antes dele, até Deus estava no buraco do nada e no silencio relacional total.

Sim! É assim, pois, até os anjos são vistos pelos crentes como servos poderosos de Deus, mas sem o inexplicável charme do homem.

Porém, o máximo dessa grandeza do homem foi o fato de Deus mesmo ter se encarnado para salvar os homens que se tornarem crentes-cristãos.

Ora, isto supostamente demonstra a preferência absoluta de Deus pelos humanos sobre toda a criação, no céu e na terra.

E mais:

Esse sentimento de importância e grandeza do homem, também vem da certeza que alguns possuem de que a decisão de Deus foi a de somente salvar quem se reunir para cantar hinos para Ele pelo menos uma vez por semana; e, também, para ouvir alguns conselhos do pastor, e dar dinheiro como prova de amor prático por Deus.

Além de tudo..., também se diz ao crente que se ele não ajudar a contar a mesma história para outros, todo mundo está perdido; e que se ele disser para muita gente essa história, então, Deus dará ao homem uma mansão celestial e uma coroa com muitos diamantes ou pedras preciosas, podendo, inclusive, fazer com que tal pessoa seja mais intima de Deus “publicamente” que os demais salvos, muitos deles de categoria de galardão inferior, sendo que quanto mais oficial seja a participação do homem, assim como a de um pastor, um bispo, um apóstolo — mais elevado o individuo será; primeiro na Terra mesmo, e, depois, também nos céus de muita glória de sucesso, tudo com muito ouro e pedras preciosas.

Ou seja:

O que se diz é que se o homem contar essa história para muita gente, cantar hinos, e dizimar, então ele ficará no lugar que um dia foi de Satanás, ou Diabo, ou Lúcifer; posto que também ao crente-cristão seja dito que a queda de Satanás o tirou de um ambiente de pedras preciosas, de gloria e de muito e quase incomparável poder.

Assim, o crente-cristão acaba desejando ser aquilo que um dia o diabo foi.

E mais:

Muitos começam aqui, desde já, a busca de tais glórias e poderes.

Ora, o Evangelho diz muita coisa do que essa história diz, mas, apesar disso, não é de tal historinha que ele fala; mas sim, da possibilidade de o homem se tornar de fato homem, e, assim, tornar-se como Jesus, que, sendo Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; e, por causa disso, se humilhou, e assumiu a forma de servo, sendo reconhecido em um homem como os demais homens; e isso não por nenhum necessidade de Deus, mas apenas por eterna e desesperada carência humana.

Entretanto, isto faz do homem apenas o homem, não um deus. Aliás, não há deus, nem deuses, pois, se há Deus, nenhum deus há... Quem crê em Deus se torna ateu para tudo o mais.

Todavia, voltando ao que dizia, posso compreender a arrogância do crente-cristão que assim se torne por assim ter sido ensinado. Afinal, quem sinceramente assim sinta, ainda está longe de saber o que seja um homem e qual seja seu chamado na criação. Portanto, é apenas um crente, e não um homem andando em fé amor; pois, quem ama, naturalmente não se gloria de nada, sendo apenas grato pelo que é e pode ser se o buscar ser apenas como Jesus, o homem.

Agora, pergunto:

E se a glória do homem for a de ser servo de toda a criação, em amor, para sempre, cuidando de tudo o que ele destruiu?

Seria esse cenário um anti-clima para você?

Jesus disse que o galardão é ser Nele, no Pai, e ter a Ele e o Pai em nós, assim como é com Ele e o Pai.

Esta é a glória. Esta é a História do Significado. Este é o chamado.

Ou será que na eternidade já não se terá que ter também o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus?

Ou será que você crê que na eternidade o homem recebe consentimento para surtar como o diabo sem cair?

Ora, se você assim sentia, desista disso, pois, isso é do diabo.

Sirva a Deus apenas por nada!

Caio

23 de setembro de 2008

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Você quer autoridade?

19 setembro, 2008

Jesus disse que os Seus apóstolos ligariam e desligariam coisas nos céus e na terra.
Eu lia isto e sentia profunda rejeição.
Parecia-me algo muito estranho e diferente de Jesus; e, sobretudo, estranho ao que se poderia esperar de homens que nos três anos de caminhada com Jesus não haviam apresentado maturidade para discernir quase nada.
Eles? Quem? Nós? Eu? Quem por mim? Quem contra mim? Quem contra o próximo? Quem poderia? Quem saberia? E, sobretudo: Por quê? — eram as minhas questões na juventude.
Naquele tempo o "aplicativo" do principio relacionado a ligar e desligar na terra e no céu, sempre remetia para o poder que a Igreja Católica evocava para si como Representante Oficial de Deus na Terra, com um Estado entre as nações deste planeta sobre o qual ela pretendia reinar como consciência moral e religiosa.
Ora, a Igreja Católica ficou mais civilizada nas manifestações de suas ambições. Porém, entre os Protestantes que viraram Evangélicos, e, entre esses, especialmente os Pentecostais e os Neo-Pentecostais — houve uma extraordinária inflação de Bispos, Apóstolos e Profetas; e, com eles, de doutrinas de Autoridade Espiritual que nada mais são que a sanção da unção de Sanção no exercer poder sobre os homens no cacete psicológico e nas torturas do poder de manipulação.
No fim é apenas autoridade de homens sobre homens, e isto em nome de Deus, embora seja tão somente o exercício de tirania, controle, manipulação e comercio.
Fica ainda pior quando o que Jesus disse no mesmo texto, é evocado pelos novos apóstolos e bispos: "Se perdoardes os pecados, eles serão perdoados; se os retiverdes, serão retidos".
Ora, em nome disso, milhões de seres humanos são iludidos, conduzidos, manipulados, assombrados com ameaças de maldição, e vitimas de toda sorte de exploração.
Na verdade o que Jesus diz no Evangelho de João acerca do assunto, parece induzir a uma leitura que transfere poderes de vida e morte para os apóstolos.
Afinal, a fim de entender qualquer coisa que pareça diferente de Jesus, a pergunta é simples:
Como foi que Jesus encarnou tal principio em Sua vida, visto que Ele é o Verbo encarnado?
Ora, como digo, Jesus é a Chave Hermenêutica!
Portanto, nesta questão, minha pergunta é:
Quando foi que Jesus anunciou a quem quer que seja que Ele estava ligando ou desligando qualquer coisa em relação a quem quer que fosse?
Vê-se com freqüência que Ele perdoava pecados, mas não se diz que Ele retinha pecados ou que anunciasse que alguém estava com seus pecados retidos por desobediência a Ele ou a qualquer coisa.
E mais:
Quando foi que se viu qualquer apóstolo ligando e desligando, além de Paulo entre os Corintios?
Entre os Corintios Paulo manda que alguém seja entregue a Satanás para a destruição da carne, para, logo a seguir, em outra carta, discernir que aquilo os colocava sob estranhos desígnios de Satanás, e que deveriam ser por eles discernidos e renegados.
Assim, segundo o espírito de Jesus e do Evangelho, fica decretado que:
Todo aquele que ligar e desligar, desligue e ligue como Jesus; pois, assim, somente oferecerá ligamentos e perdões; visto que foi assim que Jesus, o Mediador, mediou a vida; não sendo, portanto, permitido a ninguém que seja ou faça de modo diferente do Dele; sob pena de tornar-se um bruxo, um feiticeiro, um diabo, um satanás, um blasfemo; amarrando e matando os homens em nome de Deus; e, assim, cumprindo os desígnios de Satanás, enquanto se arroga a possuir autoridade supostamente concedida pelo Espírito Santo; sendo esta, todavia, a percepção equivocada daquele que é manipulado, embora o manipulador saiba que ele não é coisa alguma do que se arvora a ser para os outros.
Quem exerce autoridade, se não quiser pecar e blasfemar, a exerça apenas no espírito de Jesus, que, sendo Mestre e Senhor, ensinava de modo leve, com jugo suave, e isto porque Ele é manso e humilde de coração.
Nele, em Quem toda autoridade tem que ser como a Dele para ser vinda do Pai,
Caio
19 de setembro de 2008

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Como você diz querer paz vivendo assim?

12 setembro, 2008

Sem paz nada é bom. Por isto Paulo diz que a paz de Cristo deve ser o árbitro em nossos corações, acerca de todas as coisas desta vida.

Se há paz, se promove a paz, se é feito em paz, se é fruto da paz, e se é de paz, então, que seja; porém, se não é, que fique fora de nossas existências.

Ora, isto diz respeito até mesmo àquilo que, à semelhança de Jesus, façamos como movimento que gerará polemica ou controvérsia. Pois, para Jesus, sempre que assim aconteceu — e foi muito, quase sempre —, o ocorrido era feito em paz, na paz e para a paz; embora os filhos do ódio repudiem tais ações, pois, para quem não ama a paz, as coisas da paz são propostas de guerra.

Jesus levou isto muito, muito a sério. Pois, enfatiza desde coisas muito simples, até as mais complexas, que, não havendo paz, não há Deus — embora Deus seja sempre Deus, mas não como Deus para a pessoa.

Por isto, disse que ao entrarmos em uma casa, devemos sempre sobre ela invocar a paz, e, se nela houver um filho da paz, com ele nossa comunhão se estabelecerá; porém, não havendo filhos da paz naquele lugar, nossa paz é sobre nós; não, porém, para escolhermos o covil como morada.

Há um tempo na vida em que paz importa pouco. Em geral na juventude se pensa que aquela angustia de ser faz parte do existir, e, assim, assimilamos a angustia como elemento constituinte do ser-sem-paz.

Além disso, em tempos de sucesso, de conquista, de poder, de controle, de potencia e de paixão, em geral, não se dá valor à paz. A euforia do poder e do sentir como domínio e superioridade, é tão forte, que as angustias latentes são reprimidas; e, assim, a pessoa segue, chamando de minha felicidade a sua grande agonia — é sempre uma questão de esperar para ver.

E mais: no pique dos muitos afazeres bem-sucedidos, toda angustia e toda inquietação, passam a ser absorvidos como vicio no cérebro e na alma. Assim, a pessoa perde a paz como referencia, pois, já não se concebe existindo sem agonias latentes.

Chega, no entanto, o tempo em que ou se tem paz ou se morre. Ora, em geral é nesse tempo que a alma rebelde e iludida se rende às demandas mais profundas do ser; e, havendo Graça, a pessoa passa a somente desejar existência que seja vida; e, vida, somente se manifesta como Vida, se houver paz.

A paz, todavia, só nasce da entrega que confia.

A paz de Jesus, que excede a todo entendimento, é aquela que confia mais na vida do que na morte, pois crê na ressurreição.

Além disso, tal paz decorre de se escolher o que é bom; ou seja: todas as coisas do amor, da alegria, da bondade, da mansidão, do respeito, do louvor, e da Graça que prevalece sobre o juízo.

Tal paz cresce no contentamento em toda e qualquer circunstancia. É o que Paulo diz quando escreve aos Filipenses.


E mais: tal paz dá fruto de justiça e de verdade em amor; por isto, ela nunca é um discurso, mas atitude, olhar, presença, energia espiritual e decisão do ser.

O que não é possível é viver para a inveja, o ciúme, a contenda, a disputa, as conquistas, as seduções, as manipulações, as fabricações, as mentiras, os engodos, os disfarces, as idolatrias do afeto, e as muitas fantasias, e, ainda assim, queixar-se de que não tem paz; pois, a paz está apenas onde está o seu fruto.

Ora, mesmo quando passa a independer de nós o que seja paz para os outros, ainda assim não se perde a paz.

O meu inimigo, o que assim se considerar, terá que lidar com minha paz, pois, pela Graça de Deus, ele não terá o poder de me fazer escravo de suas armas de agonia, angustia, depressão e medo.

O filho da paz somente possui uma arma: o olhar de sua paz.

E quem é do Evangelho, crê assim, busca ser assim, e não se contenta com nada que seja menos do que isto.

Nele, que é o Príncipe da Paz,

Caio

12 de setembro de 2008

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A doutrina de Jesus

10 setembro, 2008

O que é uma doutrina?
Ora, do ponto de vista clássico uma doutrina é a sistematização de um ensino ou pensamento que se torne oficial como conteúdo de um grupo ou pessoa; e, portanto, seja carregada de valor dogmático.
Teologicamente uma doutrina é o corpo de pensamento e crença de uma pessoa ou grupo humano.
Para os cristãos uma doutrina é um corpo de ensino fundado em Jesus e nos Seus ensinos [dos apóstolos também], e, além disso, é a própria representação da verdade de Jesus feita corpo de letras, bem como a sua sistematização lógica.
Quando Jesus ensinava, dizem os evangelhos, muitas vezes se perguntava acerca do Ele dizia: “Que doutrina é esta?”
Ora, quando os judeus assim perguntavam sobre o ensino de Jesus, o que eles tinham em mente era o ensino de um rabino, mestre ou guru. Nesse sentido eles perguntavam: Que novo pensamento é este? E que sistematização da verdade é esta, que nós não conhecemos?
Ora, assim perguntavam embora Jesus não oferecesse nada que fosse clássico, ou teológico ou organizado como um corpo convencional de ensino.
Desse modo, do ponto de vista “clássico” ou “teológico-filosófico”, o que Jesus ensina não é uma doutrina, mas sim um ensino não sistematizado.
Jesus nunca sistematizou nada e jamais o faria, a menos que desejasse “matar Deus”. Quem sistematizou o ensino de Jesus, corrompendo-o, foram os religiosos do Cristianismo Constantiniano.
Um ensino não sistematizado, por definição ocidental não acidental, não faz uma doutrina. Dos gregos para cá que no Ocidente uma doutrina é um corpo de pensamento que se fecha em lógicas de suposta satisfação intelectual não acidental. Ora, por tais critérios Jesus não tem uma doutrina.
Afinal, quem, ao seguir a Jesus, encontrará lógicas que sejam entendidas de modo linear?
Não! Em Jesus as lógicas lineares morrem cedo no processo de ser, pois, o que se requer sempre na vida é a coragem em fé que transcenda as lógicas do morrer.
Que lógica há na ressurreição de Jesus se ela não se repete para ser verificável e estudável?
E mais:
Quem consegue fazer o ensino de Jesus “fechar-se em lógicas” que sejam manuais sobre uma vida previsível?
A única lógica no ensino de Jesus é crer para além de toda lógica, pois, é de Deus, do Deus não-lógico, que se está falando.
Quando Jesus disse que quem desejasse saber se Sua “doutrina” era verdadeira ou não, esse deveria “provar para saber” — Ele falava não de um corpo sistematizado de ensinos, mas sim de uma decisão de render-se em fé, na pratica da vida, à experiência com a Vida segundo Deus. Pois, assim, disse Ele, se saberá se o que Ele ensina é verdade ou não; visto que segundo o Seu ensino, somente se sabe se a verdade é Verdade se a experimentarmos pela fé antes mesmo de sabermos os resultados.
Ora, o Evangelho de Jesus é o próprio Jesus; e, assim, pode-se dizer que a doutrina de Jesus somente pode ser compreendida a partir de uma relação pessoal de fé com Jesus, pois, do contrario, não se fica sabendo ou conhecendo nada do que Jesus diz que existe para ser provado como Vida.
Por isto é que a doutrina de Jesus somente pode ser conhecida de duas maneiras: para quem prova, provando; e, para quem vê, somente vendo os fatos resultantes, se comprovam ou não as declarações.
Esta é a razão porque não existe valor algum em discursar sobre Jesus como poder de constrangimento pelas lógicas de palavras e de sabedoria humana.
Jesus fazia e falava. Quem cria se tornava discípulo; e quem não cria se tornava mais cego ainda. Ele, porém, não tentava vencer nada pelo esmagamento da lógica, posto que Ele soubesse que as lógicas humanas somente funcionam acerca daquilo que não seja Deus, pois, Deus não está dentro de tais processos aprisionantes do pensar.
Creia nisto e você pensará melhor...
Ou:
Pense para crer nisto..., e você jamais crerá ou saberá coisa alguma de Deus.
Entendeu? Ou você apenas entenderá se compreender tudo?
Eu não compreendo quase nada, mas a cada dia entendo mais.
Entendeu?

Caio
Dois de setembro de 2008

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ELEJA AS VOZES QUE VOCÊ OUVE

28 agosto, 2008

ELEJA AS VOZES QUE VOCÊ OUVE e/ou OUVIRÁ, especialmente as vozes que se propõem a cuidar da sua alma, do seu espírito ou que ousam falar em nome de Deus e sobre a eternidade.

É impressionante como hoje, qualquer um se sente no direito e preparado para instruir sobre os mistérios que nem o próprio Deus os revelou em sua totalidade.

Cuidado, ouça, mas, avalie, pense, critique. Observe a vida dos que se arrogam este direito de palpitar sobre a sua alma, seu espírito e a eternidade, a sua eternidade. Observe se há sensatez, coerência, equilíbrio, entre a vida de quem diz e a palavra dita.

Digo isto porque hoje há um contingente enorme de pessoas se autoproclamando aptos para palpitar sobre a sua vida, sua alma, seu espírito.

Posso estar enganado e cético demais, mas, será que esses assuntos são tão simples assim?

Qualquer um agora esbarra em você uma única vez, nem sabe seu nome, e por conseqüência nada sabe de sua vida, e sai dizendo o que você deve fazer ou deixar de fazer sobre as questões do espírito, da alma, do céu, do inferno, da eternidade?

Até entendo que alguns acabam, por experiência, entendendo bastante sobre casamento, criação de filhos, negócios, política, meio ambiente e por ai vai; mas, daí a se entender capacitado para palpitar sobre as questões espirituais ou as complexidades de uma alma humana?

Não creio que seja assim.

Perdão, mas, hoje, são pouquíssimas as vozes que ouço e considero dignas de serem ouvidas, especialmente, no que tem a ver com as entranhas da minha existência.

Por conta disso, procuro ser muito reverente à medida que ouço as pessoas e elas me perguntam o que fazer.
Digo isto porque as pessoas não vivem sozinhas. Há todo um contexto de vida no seu em torno. Há uma história a ser considerada. Enfim, há tantos itens que compõem a existência que deveríamos todos ser mais zelosos, reverentes, cuidadosos ao ouvir e ao instruir.

Às vezes, acho que esquecemos que estamos lidando com pessoas que, aos olhos do Senhor, são TERRENOS SAGRADOS.

Às vezes esqueço que habita em mim o Espírito Santo de Deus.
Às vezes, sem nenhuma critica sensata, ouço uma voz e saio como se fosse A VOZ.

Aflige-me ver tanta gente boa de Deus sofrendo por conta destes descuidos e por conta da leviandade de tantos que palpitam nas vidas de tantas pessoas se autoproclamando autoridades espirituais.

Com quase 53 anos, são poucos os que reconheço como autoridade espiritual sobre a minha vida; e sou muito, mas muito mesmo, cuidadoso em exercer essa autoridade sobre alguém.

Afinal, tratar da alma, do espírito e sobre a eternidade de alguém deve requerer, no mínimo, alguma reverência, além de temor e tremor, pois é a vida de alguém que esta em jogo.

Que o Eterno, que colocou a eternidade dentro de cada um de nós, a nós todos nos ajude a saber discernir o que, e quem fala da parte Dele.

Que o Eterno nos ajude a desvendar alguns mistérios, ou nos ajude a conviver com mistérios, entendendo que não poucas vezes o mistério é um jeito de Deus nos preservar, pois certamente não suportaríamos saber de tudo o tempo todo.

Graça, paz e todo bem a você, sempre.

Beijo!

Carlos Bregantim

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ONDE ENTRA DEUS NISSO?

19 agosto, 2008


“Aos Seus amados Ele o dá enquanto dormem”.

“Quem vai andando e chorando enquanto semeia, voltará com júbilo trazendo os seus feixes”.

“Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam”.

“Entrega o teu caminho ao Senhor, confia Nele, e o mais Ele fará”.


Quem lê o primeiro versículo bíblico dos acima citados, e não conhece o contexto geral do ensino das Escrituras sobre trabalho e diligencia das mãos e nos atos simples e práticos, pode até pensar que o estimulo bíblico é para que não se faça nada, pois, aos amados de Deus, Ele faz provisão enquanto eles dormem.

Em contraposição, quem lê apenas o segundo, pode pensar que tudo depende exclusivamente de trabalho, e que a resolução do homem e sua perseverança são os únicos elementos vitais em qualquer coisa a ser feita.

Quem lê o terceiro verso, no entanto, fica com a impressão bem mais equilibrada de tudo, mesmo que não conheça o contexto da Escritura acerca do significado do trabalho do homem e da confiança em Deus. Afinal, o verso do salmo em questão diz que o homem só trabalha em vão se Deus não estiver edificando a obra daquele que trabalha.

Já quem lê o ultimo verso, quase sempre se pergunta: “Entregar significa já nada mais fazer?”

Ora, nunca. Afinal, quem entrega, faz algo impossível ao homem sem fé, e, por isto, já pode voltar a fazer, pois, agora, fará sem o desespero do engano da auto-redenção do fazer pelas próprias mãos.

Assim, quem entrega pode trabalhar pelo que entregou, pois, agora, trabalhará sem as presunções da auto-salvação, e, por tal razão, trabalhará sem o paganismo da ação que se pretende realizadora de seu próprio significado.

Entregue tudo e trabalhe livre!

É em tal tranqüilidade que reside o nosso livramento, bem como a nossa eficácia no fazer!


Caio
19 de agosto de 2008


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