23 dezembro, 2009

SIMPLES IMPLICAÇÕES DA FÉ EM JESUS


O que as pessoas precisam saber é que se elas crêem em Jesus, então, nada pode continuar a ser como tem sido; pois, se as coisas são conforme Jesus disse que elas são, implica que Deus é amor; é Pai; é Filho; é irmão dos homens; é Consolador; é a força que acompanha afirmando e emprenhando de esperança aquele que crê — ao mesmo tempo em que, se crêem em Jesus, precisam admitir que os corações dos homens serão julgados; e as aparências serão desvestidas até o que é verdade, pois, somente os atos do amor sobreviverão.

O que as pessoas precisam saber é que se elas crêem em Jesus, então, elas também crêem que no fim a recompensa é de quem foi feliz porque era humilde e ensinável, porque chorou os bons choros, porque dominou o coração contra os impulsos do ódio ou do descontrole, porque andou com o olhar limpo, com a vontade feita de paz, com a perseverança fundada na justiça, e com a alegria advinda dos céus — de onde terá vindo a redenção de quem creu, até o fim de tudo.

O que as pessoas precisam saber é que se elas crêem em Jesus, então, devem assumir que o mundo vai acabar; a natureza vai gemer até parir algo novo; as nações irão se odiar; os povos se ajuntarão apenas para a guerra; e a grande maioria amará muito mais a mentira que a verdade.

O que as pessoas precisam saber é que se elas crêem em Jesus, então, crêem também que Israel será Israel até que chegue o Dia de seu Pranto pelo Unigênito; e que guerras e revoluções acontecerão em toda parte; e que poder algum na Terra trará paz duradoura ao mundo até o fim.

O que as pessoas precisam saber é que se elas crêem em Jesus, então, elas também crêem que os vivos que crerem, quando soar a última trombeta, serão transformados, e, abduzidos por anjos, irão ao encontro do Senhor nos ares. Antes disso, porém, todos os que tiverem morrido no leito da fé na ressurreição, serão levantados da morte. Os mortos ressuscitarão primeiro. Depois os vivos serão transformados. Assim crêem os que crêem.

O que as pessoas precisam saber é que se elas crêem em Jesus, então, elas crêem também que as coisas são como Jesus nos disse que elas são, foram e serão.

Se assim é, por que, então, conseguimos não ser nada do que dizemos crer? Ou será que de fato não cremos em nada do que confessamos com os lábios?

Ora, se você não crê em mais nada disso, então, diga: “Eu não creio em mais nada disso. Para mim Jesus é o Máximo, é meu guru, é meu poder; é o poder que me ensinaram e que funcionou pra mim.”.

Certamente seria ainda mais agradável a Deus!

Na realidade a maioria fica assim..., desse jeito de não-ser em Jesus, apenas porque já de inicio não admitem quem são de fato. Pois, como diz minha mulher: “Se alguém não é sincero com sua própria Queda, como o será com a Graça de Deus?”


Nele, em quem fomos chamados para a OBEDIÊNCIA EM FÉ,


Caio




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01 dezembro, 2009

MELHOR SABE DA GRAÇA QUEM MELHOR SABE DA QUEDA!

Paulo disse que onde abundou o pecado superabundou a Graça.

Jesus disse que a pecadora que invadira o jantar que lhe fora oferecido por Simão, o fariseu, e que se jogara diante Dele... beijando-lhe os pés e enxugando-os com seus próprios cabelos... amava mais porque muito mais se sabia perdoada que a maioria naquele lugar—na casa de Simão o fariseu.

A mulher conhecia o pecado como pratica observável no comportamento externo e suas conseqüências interiores... no ser.

Paulo, todavia, sentia igual ou maior gratidão, sem ter jamais feito nada que aos sentidos exteriores pudesse ser reprovado.

“Eu sou o principal pecador”—disse ele.

É neste ponto que o entendimento cristão das coisas se confunde. Tem gente que pensa que conhece o pecado porque odeia os pecadores.

Tem gente que pensa que conhece o pecado porque já pecou muito os pecados que são odiados pelos que julgam saber o que é pecado.

Paulo sabia o que era pecado sem poder ser acusado de nenhum ato ignominioso.

Por que?

Leia Romanos 7 e veja como ele se enxergava.

Ao final daquele exercício de auto-percepção o grito dele é terrível: Desventurado homem que sou!

Romanos 7 é a versão existencial do livro de Eclesiastes.

Assim como o Eclesiastes tira Deus da vida para que se possa enxergar a vacuidade da existência, assim também Paulo retira a Deus do ser para que se possa enxergar a doença essencial do pecado que habita em mim.

Hoje um amigo que já está casado há mais de trinta anos me disse que casou virgem e que nunca jamais conheceu outra mulher...mas somente a sua esposa.

Fiquei olhando para ele e pensando nisto que agora escrevo.

Por que?

Porque ele é um homem cheio de Graça e misericórdia... apesar de não ter jamais tido que sentir externamente o seu próprio pecar como conduta ou agravo exterior... ou como juízo ou julgamento.

Eu conheço o meu pecado como a pecadora que beijava os pés de Jesus e como Paulo, que se sabia o “principal”.

Entretanto, fico mais que feliz sempre que encontro gente que não precisou se arrebentar do lado de fora a fim de se enxergar do lado de dentro.

Afinal, se pecar trouxesse auto-revelação, nós, cristãos, estaríamos iluminados... pois não fazemos outra coisa... especialmente quando julgamos os demais.

Consciência de pecado é revelação.

Sem essa revelação você não discerne quem é... e sem tal percepção você jamais saberá o significado da Graça para você.

O melhor de tudo é que isto prescinde de ter que quebrar a cara... basta quebrar e quebrantar o coração.

Assim, todo santo tem que se saber profundamente pecador.. .e todo pecador alcançado pela Graça se saberá cada vez mais pecador.

E isto tudo acontece sem culpose e sem neurose.

A revelação não adoece a alma.

Paulo podia saber do pecado sem ter que pecar como exercício cotidiano de anti-vida.

Mas quem não se enche de misericórdia, freqüentemente tem que quebrar a cara para se enxergar... não que sempre que assim seja, seja porque assim é....há outras razões boas para o ser que é vitimado pela dor de sua própria transgressão.

O que importa é que a Graça jamais seja vã em nossa vida.

E que esse entendimento nos torne misericordiosos.

Assim como Deus em Cristo vos perdoou, assim também perdoai vós.
Era assim que Paulo via as coisas.

Nele,


Caio





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25 novembro, 2009

AOS QUE AINDA [...] SERVEM AO LOUCO DO AMOR ETERNO!

A fim de manter a integridade do Evangelho nesta existência, paradoxalmente tem-se que cair em estado de loucura.

Leio as Escrituras, nelas vejo aqueles e aquelas que singraram a História com a quilha da eternidade, e percebo a loucura inescapável de cada um deles.

Sim, temos que admitir que todos os nossos heróis foram e são loucos...

Dizendo isto não nego que existam também aqueles que cultuem a média [...] e se alimentem apenas daquilo que exista em estado de total paralisia [...] ou de medianidade confortável...

Quanto a mim, devo confessar que tudo no que creio e que vale a vida nesta existência é loucura!...

Afinal, Abraão é meu pai na fé... O mesmo que em obediência [...] saiu para sacrificar seu maior amor, seu filho, no altar que a Voz lhe indicara...

Antes de Abraão todos os que lhe antecederam em fé, foram loucos também [...] e os que lhe sucederam foram igualmente loucos...

Que juiz, profeta ou visionário mencionado nas Escrituras não foi completamente louco e não se deu por causas totalmente perdidas ante o olhar da História?...

Quem pode ler os evangelhos e, sem divinizar Jesus de modo romântico, chegar à conclusão de que ali está o Caminho da Vida?...

Sim, com um Líder que não quer liderar [...], que só quer servir e dar a Sua vida por todos, inclusive por todos os que Lhe odiarem, e que morre pedindo aos Céus que não haja Vingança, e completa tudo dizendo que Sua vitória era a Sua morte?...

Que sanidade mental existe em tal projeto?...

Sim, quem pode ler os evangelhos e não achar que aceitar o seu convite, o chamado de Jesus, não é exatamente a opção dos fracos, dos desesperançados, dos incompetentes, dos sem coragem para socar a cara do inimigo, do frouxo existencial que transfere sua decisão de provar a vida apenas depois da morte?...

E para piorar não se vê no Líder nenhuma ambição, nenhum senso de “estratégia”, nenhuma média ou busca de ser agradável, nenhuma predileção especial pelos prediletos e nenhuma rejeição para com os rejeitados; e nenhuma fé nos poderes deste mundo [...]; ao contrário, vê-se uma rejeição total de Sua parte quanto a ser Líder deste mundo; que, segundo Ele, já tem seu próprio Príncipe... — e acerca de quem Ele diz: “Ele nada tem em mim!...”.

Sim, qualquer leitura dos evangelhos nos mostrará que somente loucos e desarvorados podem aceitar o Convite de Jesus!

Sim, pois...

É convite para negar-se a si mesmo, tomar a crua e seguir a Ele, ao Líder... — sim, o líder que somente vê poder no servir e no se dar...

É convite para morrer todos os dias; para se arrepender e mudar todos os dias; para não buscar segurança humana que se ponha acima do amor; para confiar mesmo quando não há razões para confiar; para amar até ao que nos odeie; para viver por um código que diz que aquilo que é elevado diante dos homens é abominação diante de Deus...

É convite para salgar o mundo pelo desaparecimento nele, como acontece com o sal que dá gosto às coisas...

É convite para ser uma luz que não faz outra coisa senão iluminar na direção da própria Luz...

É o convite da Esperança que diz que a primeira esperança é reconhecer que tudo está perdido...

É convite à loucura sim!... Pois, nos manda esperar uma salvação que vem dos céus, que vem de outro mundo ou dimensão, e que nos visitará como milhões de sóis cercando a Terra de uma só vez...

É convite à loucura sim!... Pois nos diz que os mortos ressuscitarão e que os vivos que forem loucos em Deus serão capturados por anjos para a Glória que invadirá este Planeta, mundo e dimensão...

Ora, esta é uma pilulazinha da loucura que de fato existe no Evangelho...

Quem diz que crê em tais coisas, se existir de modo normal [...], saiba: não crê em nenhuma delas; pois, quem nelas crê [...] de fato é louco e vive bem-aventuradamente como tal [...]; sem desejo de cura; sem cura; e sem possibilidade de recuperação; conforme se viu em gente como um pescador surtado chamado Pedro, ou um outro chamado Paulo, ou ainda um velho insano exilado em uma ilha, tendo visões do futuro da História e da Eternidade, e que atendia pelo nome de João...

A alternativa de maquiagem sem vida [...], mas que imita a loucura do Evangelho [...] é a vidinha morta que se pode ter no Cristianismo, que é a vitória de Roma [do mundo] sobre a loucura da Cruz.

Escrevo isto aos que esqueceram que o Evangelho é Loucura!...

Benditos os que não se envergonham de tal tamanha Loucura de Sanidade Eterna, mas que diante dos homens é total surto e irrealidade!

Nele, o Louco do Amor Eterno,

Caio

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04 novembro, 2009

DISCERNINDO O IMPÉRIO DAS TREVAS

Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados.

Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele.

Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste.

Ele é a cabeça do corpo, da igreja. Ele é o princípio, o primogênito de entre os mortos, para em todas as coisas ter a primazia, porque aprouve a Deus que, nele, residisse toda a plenitude e que, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus.

E a vós outros também que, outrora, éreis estranhos e inimigos no entendimento pelas vossas obras malignas, agora, porém, vos reconciliou no corpo da sua carne, mediante a sua morte, para apresentar-vos perante ele santos, inculpáveis e irrepreensíveis, se é que permaneceis na fé, alicerçados e firmes, não vos deixando afastar da esperança do evangelho que ouvistes e que foi pregado a toda criatura debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, me tornei ministro.

(Colossenses 1:13-23)

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Não existe nenhuma magia no evangelho; não existe nenhum tipo de complexificação extraordinária. Ele é simples, e o poder dele está na simplicidade da verdade, na verdade simples; porque tudo aquilo que, de fato, seja verdadeiro, é simples; e o que é, de fato, essencialmente simples, podem ter certeza, é verdade.

O que Paulo diz aqui, para a maioria de nós, no curso dos anos, tem sido entendido como aquilo que, de fato, ele não disse. Porque quando se ouve dizer que, em Jesus (que aqui Paulo chama simplesmente de “Ele”), “Ele nos libertou do Império das Trevas, e nos transportou para o reino do filho do seu amor, então, esse Ele é o pai, esse Ele é o filho, esse Ele é o Espírito Santo, esse Ele é Deus, esse Ele é o “EU SOU“...

E nos libertou do Império das Trevas e nos transportou para o reino do filho do seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados. E aí Paulo diz: “Quem é Ele?“. E constrói esse cântico extraordinário, essa declaração de amor e de adoração sobre a percepção espiritual que ele tem acerca de quem é Jesus e do que Ele fez, e da completude absoluta do que Ele veio realizar, cuja finalidade é reconciliar todos e todas as coisas com o Pai por meio do sangue da sua cruz. Só que quando a gente ouve isso inicialmente, geralmente a gente pensa no que não está dito. Porque durante séculos, o que a Igreja e seus mestres e doutores nos ensinaram criou um equívoco essencial acerca da afirmação desse texto do apóstolo Paulo.

Por quê?

Porque logo, logo, no curso do cristianismo, se desenvolveu a doutrina perversa, maligna, pagã, idolátrica e diabólica de que fora da igreja não há salvação, considerando-se que quando se falava em igreja, se estava falando na instituição que tinha hierarquia — fosse o Papa católico, fossem bispos ou pastores em qualquer que seja outro tipo de manifestação cristã. Mas de qualquer modo, igreja significava o ambiente espaço-temporal constituído pelo templo, ou, na melhor das hipóteses, a agremiação, a confraria caracterizada por aqueles que tinham assinado, com seus nomes, um atestado de membresia, tendo recebido um batismo, “devidamente” ministrado por um sacerdote “superior” aos demais homens porque ele, o sacerdote, fazia parte do estado clerical do mundo sacerdotal, enquanto nós éramos apenas o povo.

Desse modo, se instituía o mesmo paradigma da religião da terra, das religiões dos povos, nas quais há ou um pajé ou um sacerdote ou um Xamã — uma figura supostamente imantada com poderes especiais, a qual faz a mediação e a conexão entre o povo alienado e as divindades exigentes. Ele, o sacerdote, é que conhece os ritos, ele é que conhece as mandingas, ele é que conhece as manobras, ele é quem sabe e discerne as mecânicas espirituais, ele é quem sabe quais são as poções...

E é desse mesmo espírito pagão que vem a herança do cristianismo, de fazer de certos indivíduos pessoas especiais, sacerdotes que, supostamente, têm uma vinculação melhor e maior com Deus, cuja oração é mais bem ouvida e cujo entendimento é superior ao de qualquer outra pessoa, de tal modo que, conquanto nós não o chamemos de pajé ou de Xamã, pajé e Xamã é o que ele — o sacerdote — é para nós!

E a igreja é a oca, é o gongá, é o altar, é a fisicalidade onde esses mistérios ocultos, por um favor — que não chega a ser favor, porque é adquirido, pela lealdade ignorante e burra dos fiéis — onde, em razão dessa realidade, esse indivíduo, supostamente, abre alguns segredos da divindade pra nós. E esse lugar descrito, com esse pajé, com essa figura, com essa estrutura, com essa hierarquia, com esse corpo de doutrina, é aquilo que se convencionou chamar de igreja; portanto, fora desse ambiente, fora dessa gestão, fora dessa pirâmide, fora do âmbito e do controle dessa ingerência sacerdotal, “não existe salvação”.

Isso foi o que os teólogos católicos determinaram há muito séculos, e foi o que o protestantismo, no início, negou, mas com o passar do tempo, se rendeu à mesma coisa: não se concebe isso de outro modo, por exemplo, em qualquer que seja a versão do cristianismo; seja ela, por exemplo, entre nós, a do catolicismo estrutural, piramidal, eclesiástico, seja a do mundo evangélico, onde não há papa, mas há milhares de “papinhas”; na qual não há papa, mas há apóstolos mais surtados do que os papas mais enlouquecidos. Ali também se pratica a mesma coisa: se o indivíduo não estiver presente numa reunião de domingo à noite, ou se ele se ausentar por quatro domingos seguidos, ele começa a estar “desviado”. Se ele disser que crê em Jesus, mas não for batizado, “uma obra não foi completada na vida dele”, de modo que Jesus pôde dizer ao ladrão que ao seu lado morria na cruz: “Hoje mesmo estarás comigo no paraíso”, mas a esse indivíduo que a igreja não batizou, ela declara que, sem batismo, não haverá essa salvação nem essa graça!

Por mais que, doutrinariamente, se diga o oposto, na prática, é isso que se instila na alma das pessoas, o que gera toda sorte de culpa, de tal modo que a afirmação de Paulo de que Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor “significa” que Ele nos tirou dos nossos amigos, das nossas amizades, dos nossos relacionamentos, dos gostos que a gente tinha, dos bares que a gente freqüentava, das festas que a gente achava gostosas, das músicas que nós apreciávamos, dos cantores e compositores nos quais nós nos deleitávamos; Ele trocou nossa roupa, o nosso biquíni por um maiô bem grande — um “burquíni” ao estilo iraniano —; Ele me libertou do batom, Ele me libertou do brinco, Ele me libertou das amizades gargalhentas que um dia eu tive... E agora Ele me colocou no “Reino do Filho do seu amor”, onde eu dou tudo o que eu tenho, o que eu posso e o que eu não posso; onde eu me mato e me esfolo; onde eu me entrego de maneira desesperadamente culpada; onde a minha ausência pode significar uma tristeza profunda e mortal para Deus, por isso eu tenho que comparecer pela “fragilidade” do Todo-Poderoso; do contrário, a minha ausência O seca!

Essa é a salvação “cristã”!

Só pode ter sido proposta pelo Diabo!

E foi nesse espírito que a maioria de nós viveu e vive. Carregando a basicalidade desse espírito pagão, sob o tacão dessas potestades perversas, disfarçadas de anjos de luz e acachapando a alma da maioria de nós!

A pergunta é: O que Paulo queria dizer quando ele disse que Ele nos libertou do Império das Trevas e nos transportou para o reino do filho do seu amor, no qual temos a rendição e a remissão dos pecados?

Obviamente ele não tinha em mente nenhuma dessas coisas que acabaram empedrando e engessando fixando e matando esse texto, fazendo dele apenas uma letra que indica um endereço, que indica um horário de culto, que indica uma autoridade supostamente espiritual que nos toma pela mão e que nos mantém num estado de imbecilidade crônica pra nossa própria “salvação”!

O que Paulo queria dizer?

Que movimento é esse? De nos libertar do Império das Trevas e nos conduzir para o Reino do Filho do seu Amor? Esse é um movimento geográfico? É um movimento cultural?

O que isso significa? Rupturas fraternas? Alienação do planeta? Evasão do mundo?

O que isso significa? Que nós vamos mudar nosso guarda-roupa? Que nós vamos assimilar o processo de clonagem da religião, de tal modo que, em nós, não haverá nenhum processo de individuação; pelo contrário, significa que todos nós seremos absorvidos na massa clonada, e quem quer que mantenha e conserve a sua própria identidade, pela sua própria identidade já se desviou do corpo e da totalidade que não tem nada a ver com o evangelho de Jesus, mas tem a ver apenas com a corporificação de um grupo sob controle e tirania do Império das Trevas disfarçado de Reino do Amor de Deus?

O que Paulo queria dizer?

Que movimento é esse?

Primeiro é preciso que a gente se lembre de que quando Paulo falou de império, ele estava falando sobre o Império Romano. Essa era uma palavra sacrossanta do ponto de vista político. O Império Romano era adorado, e o imperador era considerado a encarnação da divindade. Usar a palavra império com a conotação negativa e de trevas que ele usa já é, em si, uma denúncia de natureza político-espiritual! Já carrega o germe da subversão.

Todavia, obviamente Paulo não estava preocupado em criar qualquer tipo de sublevação política ou de subversão nesse nível, porque a missão do reino de Deus é muito mais profunda do que qualquer que seja a ação política terrena. Desculpem-me os apaixonados pelo engajamento político, que tem sua hora e sua necessidade, mas para Paulo isso era coisa ainda de uma mente que não tinha enxergado o significado da guerra mais profunda e da luta mais radical e visceral que se trava no universo e que tem a ver com mente de cada ser humano.

Ele nos libertou do império das trevas! Dizer isso, debaixo das barbas de Nero, ou antes dele, de Calígula, era algo extremamente perigoso! Porque podia ser interpretado como uma vocação e um chamado para a separação radical; para não ter nenhum tipo de contato com qualquer que fosse a sociedade caracterizada pelo domínio romano.

Mas Paulo era discípulo de Jesus, e Jesus orou ao pai dizendo: “Eu não peço que os tire do mundo, mas que os livres do mal”. Paulo era discípulo de Jesus, que disse: “Vós sois o sal da terra.” Portanto não é para haver evasão, é pra se imiscuir.

Paulo era discípulo de Jesus, e Jesus disse que ninguém acende uma luz para colocá-la sob o alqueire, mas no velador, para que ilumine a todos os que entrem na casa.

Portanto, em Jesus, não há nenhum convite à evasão, à fuga, à alienação; e se é assim, prevalece e perdura a questão: O que Paulo estava querendo dizer quando fala dessa retirada, desse êxodo do Império das Trevas, com uma transportação pro Reino do Filho do amor de Deus? O que ele queria dizer? Onde acontece esse movimento? Em que ambiente ele se dá?

Como qualquer outra coisa no evangelho, esse movimento só se dá no coração! Porque Jesus disse: “O reino de Deus, acerca dele não se dirá, ei-lo aqui, ou ei-lo ali, porque ele não vem com visível aparência, porque o reino de Deus está dentro de vós.”

Assim também é com o império das trevas! Se o reino está dentro de nós, o império das trevas acontece dentro da gente também!

A gente preferiria mil vezes que o império das trevas tivesse uma geografia, porque ficaria muito mais simples dizer: “Eu não pego nisso aqui! Eu não piso nessa fronteira, porque ela é pervertida, é promíscua.”

É muito mais simples transformar a espiritualidade em fisicalidades, em fronteiras, em realidades objetais do que ter que olhar e trabalhar com as categorias da percepção da consciência acerca de um mundo de sentimentos, de entendimentos e de invisibilidades, onde ou a gente olha para dentro com coragem ou a gente não enxerga nada!

É extremamente mais simples demonizar geografias do que enxergar as realidades existenciais demoníacas presentes no coração da gente.

É muito mais fácil tratar com o despacho da macumba na esquina do que verificar a quantidade de vodu que a gente carrega na alma.

Aí o indivíduo diz: “Eu era do candomblé, da macumba, e agora eu sou da igreja de Jesus! Aleluia!” — mas trocou apenas de potestade, porque se não mudou nada no coração, ele continua debaixo da mesma macumbaria!

O império das trevas está aqui, dentro de nós! Você não precisa procurá-lo em Manhattan, nem na “Boca do Lixo”, nem nos bordéis de São Paulo. O império das trevas está aqui, no coração da gente! E o próprio Paulo descreve, em Efésios, quais são as camadas de dominação desse império na interioridade humana, como ele funciona e quais são as suas mecânicas, quando afirma, em efésios 2, o que nós todos sabemos de cor, mas não discernimos com o coração, e que diz:

Ele nos deu vida estando nós mortos nos nossos delitos e pecados, nos quais todos nós andamos outrora segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência.

Essa é a constituição do império das trevas! Tem a ver com manter a mente num estado de harmonia com o fluxo do mundo!

E que estado de harmonia é esse com o fluxo do mundo, senão que o nosso entendimento nasceu morto para o discernimento da verdade e entregue, de maneira marionetada, ao fluxo das coisas que acontecem e que para nós são como são — e, portanto, nós fazemos parte dela, e pergunta alguma temos a fazer, senão entregarmo-nos a esse levar diluviano que nos carrega de morte em morte, de dor em dor, de angústia em angústia, de ódio em ódio, de ira em ira, de sentimentos perversos em sentimentos perversos, de competitividade animal em competitividade animal, de instintualidade em instintualidade, sem jamais termos a possibilidade de vermos a consciência prevalecer conforme a lei do amor, abrindo o pacote da nossa existência e perguntando pelo nome de cada demônio que se instalou no nosso entendimento como valor e como conceito cultuado por nós e que precisam ser desinstalados de nós? Do contrário, instaura-se em nós o domínio do império das trevas.

O buraco é mais embaixo, você está entendendo?

É fácil expulsar demoninho da esquina! Dar chute em galinha morta! Virar prato de farofa em nome de Jesus! Isso é uma tranqüilidade! Eu quero ver é você ter coragem de encarar a macumba da sua alma! E essa macumba é feita de muitos elementos!

Se bem-aventurados são os humildes de espírito, emacumbados são os arrogantes!

Se bem-aventurados são os misericordiosos, feiticeiros no coração são os implacáveis!

Se bem-aventurados são os mansos, demoniacamente existenciais são aqueles em cujo coração existe apenas a vontade e o rompante de partir para o trucidamento do outro!

Se bem-aventurados são os que têm fome e sede de justiça, demonizados são os acomodados, indiferentes e dessensibilizados, que passam pela existência sem nenhum tipo de sentimento para com a vida!

Se bem-aventurados são os pacificadores, malditos são aqueles que existem para a intriga, para a contenda, para a provocação da inimizade, para a construção de fossos entre as pessoas!

Se bem aventurados são os perseguidos por causa da justiça, malditos e filhos do império das trevas são aqueles que por toda a injustiça conseguem passar ilesos pela existência, alimentando-se de maldades e maldades!

Se o filho do reino de Deus é aquele que aceita ser sal da terra e se diluir na massa da existência perdendo a importância da visibilidade, se dissolvendo no todo para dar gosto à vida sendo sal da terra, emacumbado é aquele que não se entrega, que não se dá, que não se dissolve na graça que o transformaria num ser que tempera a vida com amor, sendo ele aquele que, aonde chega, amargura o que existe á sua volta.

Se os filhos do reino são luz do mundo, os que estão no império das trevas são os promotores da luz negra da mentira e do engano.

Se os filhos do reino são aqueles que não resistem ao perverso; ao contrário, sem que o temam, todavia o confrontam em amor, naquele amor corajoso, que não retrocede mas não mata, os filhos do império das trevas são aqueles que carregam dentro de si o ânimo homicida.

Os filhos do império das trevas são aqueles que, em causando mal, assistem-no como obra de desconstrução do próximo até mesmo ao ponto e ao estágio no qual o próximo seja considerado raca, ou seja, nada! Vacuidade! Coisa alguma! Zero à esquerda! E não têm qualquer ânimo de restaurar esse ser; ao contrário, permitem que ele caminhe dessignificadamente o seu caminho enquanto eles próprios gozam o gozo do orgasmo da perversidade de terem dessignificado o outro ser humano!

Se os filhos do reino são chamados a não julgar, os filhos do império das trevas são juízes togados!

Se os filhos do reino são chamados a não jogar pérolas aos porcos; ao contrário, a terem o bom senso da sabedoria e saberem o modo, o meio, a hora e o tempo, os filhos do império das trevas são só impulso, só ação animal, sem discernimento algum!

Se os filhos do reino são aqueles que têm consciência de que o ambiente do coração é onde todas as coisas se instalam, de tal modo que o indivíduo pode nunca ter “pulado a cerca” pra trair a mulher ou o marido com ninguém do ponto de vista físico, mas se no coração ele é habitado por um bordel de fantasias, e justamente por isso ele cuida do seu próprio coração, os filhos do império das trevas pensam o seguinte: “Eu só serei, de fato, otário, se for flagrado com a boca na botija!”

O império das trevas é feito de religiosidade de aparências, de esmolas dadas e de trombetas tocadas para que se chamem atenção sobre elas!

O império das trevas é feito daquela atitude que confunde a consciência da confiança em Deus como pai misericordioso e, ao contrário disso, pensam que pelas vãs repetições se conquista alguma coisa numa barganha oral com Deus.

Se os filhos do reino são aqueles que caminham sem se impressionar de modo algum com aparência; ao contrário, procuram verificar o significado e a natureza de qualquer que seja o ente, o ser ou mesmo a semelhança de uma árvore pelo fruto que ela produz, os filhos do império das trevas são aqueles que acham que a imagem é tudo, e que se eles conseguirem se vestirem de ovelhas, ainda que dentro da alma eles carreguem um lobo, felizes eles são por enganarem os otários que os servem!

Se os filhos do reino são aqueles que não usam do nome de Jesus apenas como um nome de poder, mas querem estar sob Jesus, com a consciência transformada por Ele, tendo no entendimento as palavras do amor de Deus, inscritas pelo Espírito Santo, ao contrário de simplesmente apresentarem fachadas performáticas e de interpretações apenas emblemáticas e que não guardam nenhuma correspondência com as verdades do coração...

Se os filhos do reino são esses para os quais o que vale é o significado do que foi produzido dentro e que aparece como fruto do lado de fora, e para quem o nome de Jesus não é um “nome de poder”, mas a consciência da Pessoa eterna e absoluta sob a qual eu me coloco em submissão, para os filhos do império das trevas, o que vale é a imagem, o que vale é o resultado; não vale o que está certo, só vale o que dá certo, de modo que eles podem usar o nome de Jesus, pra expulsar demônios, realizar milagres, profetizar... E eles não estão nem um pouco preocupados se conhecem Jesus ou não, ainda que, no final, eles próprios venham a ouvir da boca de Jesus: “Eu nunca vos conheci!”

O império das trevas é feito de escravidão, por isso é que se diz que Ele vos libertou do império das trevas e vos transportou para o reino do filho do seu amor no qual temos a redenção, porque a redenção é o que se dá ao escravo! É escravidão ao ódio, é escravidão aos direitos animais, é escravidão à lei do poder estabelecido sobre o fraco, é escravidão a vontades, a pulsões, a instintos, a caprichos que vilipendiam e passam por cima da realidade da própria consciência do indivíduo, que com o passar do tempo se cauteriza e morre! É escravidão ao medo da morte, que é o que gera esse frenesi angustiado de uma existência que quer apenas consumir, consumir, consumir, porque o pânico da morte incita o indivíduo a se entregar de maneira absolutamente escravizada a qualquer que seja o impulso e o capricho, porque ele chama isso de “sorver a vida enquanto é tempo”!

E aí eu quero perguntar a você, apesar de ter levado aquele batismo, com mais água ou menos água, com aspersão ou um caldo batismal: Você está onde, meu irmão, dentro de você?

Apesar de vir tomando, há anos, esse lanchinho eucarístico; há tantos anos, esse pãozinho e esse cálice, você está onde, meu irmão, dentro de você?

Apesar de ter aprendido todas essas canções de guerra, que dizem que você pisou na cabeça do diabo, dos inimigos todos, a pergunta é: Você está onde, meu irmão, dentro de você?

Qual o espírito que prevalece dentro de você, meu irmão?

Por isso, neste momento, sem ilusão, sem fachada, sem brincadeira, eu quero apenas que você pergunte se, de fato, você foi libertado do império das trevas! Porque a maioria dos cristãos que eu conheço não foi! Eles continuam seguindo o curso deste mundo, porque eles caíram naquela ilusão de que o curso deste mundo tem a ver com a esteticidade das coisas; então, se eles se vestirem de maneira feia, eles romperam com o mundo; se eles desconsiderarem o corpo, eles romperam com o mundo; se eles não freqüentarem mais lugares de que antes eles gostavam, eles romperam com o mundo; se eles controlarem o gosto e a vontade de gritar GOOOOLLLL! com alegria, numa possível reviravolta Corintiana, eles romperam com o mundo!

É esse o estado de libertação do império das trevas que você, idiotadamente, achou que conquistou?

Enquanto isso você pisa, enquanto isso você mata, enquanto isso você odeia, enquanto isso você carrega espírito homicida no coração, enquanto isso você torce alegremente pela desgraça das pessoas, sem saber que você ainda é filho do “Cão”!

Está chocado com o que eu falei?

Este é o evangelho! Ele não está na epiderme! Ele não é uma tatuagem no corpo! Ele não é um amuleto pra carregar no peito! Ele não significa rupturas simples e culturais! Ele mexe é com as entranhas da gente! A revolução dele é desinstalar o entendimento da morte, desinstalar o fluxo deste mundo e instalar, em nós, o espírito da renovação permanente da mente buscando não conformação com este aeon, com este século, mas, ao contrário, nos transformarmos pela renovação da nossa mente conforme o significado da verdade encarnada por Jesus.

Do contrário, entre em todas as correntes e você ficará mais amarrado; pode entrar em todas as filas de cai-cai, porque você vai continuar onde você está mesmo, caído e erguido na presunção de estar em pé sem saber que você é apenas um ser rastejante do império das trevas!

E a sutileza é enorme, porque a gente vai sendo conduzido pelo príncipe da potestade do ar, pensando que é o anjo Gabriel! Vai sendo levado por um panteão de demônios, escondidos atrás de simbologias cristãs que simplesmente empurrão a nossa existência para um ambiente de escuridão, de medo, de temor, de fobias, de angústia, ou revoltado contra a própria dor que sente, e acaba servindo a Deus com ira! E como não podem se irar contra Deus e com Ele brigar, transformam sua raiva de Deus em ortodoxia contra os irmãos, e ainda dizem: “Eu estou liberto!”

PALHAÇADA!

Eu não sei o que você pensa de mim, mas eu sei o que eu penso de mim. O que eu penso de mim é o que eu penso acerca do evangelho. Eu nasci e estou aqui nesta terra, para, em nome de Jesus, lhe dizer que esses demônios da religião que vêm cegando o entendimento dos incrédulos, colocando a gente no fluxo do mundo carregando cruzes com simbologias cristãs, mas que escondem a grande macumba e a grande feitiçaria... Isso está desmascarado em nome de Jesus!

E você pode sair daqui com o auto-engano que queira, mas nunca mais vai dormir em paz, porque eu sei que o poder do Espírito Santo vai fazer a minha voz ecoar na sua alma até o fim da sua vida!

E TENTE DORMIR COM ESSE BARULHO!

Tente dormir com ele, porque eu sei que poderoso é aquele que está falando por meio de mim!

Porque é a palavra da verdade que eu estou dizendo aqui. E eu a digo nas entranhas do inferno, ou em qualquer outro lugar, sem medo de potestade nenhuma, porque elas estão desmascaradas!

Ele nos libertou do império das trevas, mas Ele só nos libertou do império das trevas se as trevas saíram da nossa mente; se nós, de fato, tivermos trocado a lei dos poderosos e da prevalência dos mais fortes pelos mais fracos pela lei da graça.

Só teremos sido libertos do império das trevas e transportados para o reino do amor de Deus se no nosso coração aquilo que antes era elevado como glória diante dos homens se tornou abominável, e a nossa escolha é a escolha da simplicidade das coisas essenciais às quais Jesus chama de vida; do contrário, nós continuamos no império das trevas.

Eu sou filho do amor de Deus e sou cidadão desse reino de amor se o único dogma da minha vida for amor, pois o único dogma do reino de Deus é amor, porque Deus é amor.

Eu fui transportado do império das trevas para o reino do filho do seu amor quando eu reconheço que eu sou filho da graça do favor imerecido, da bondade incomunicável, da misericórdia eterna, que só é constatável pelo fato de que ela se renova toda manhã, mas eu mesmo não consigo explicar, tamanho o poder de auto-renovação. Eu apenas aceito, sem entender, tamanha graça, e porque eu aceito que fui aceito, e aceito que fui incluído sem razão nenhuma para o ser, e transformo isso no mesmo espírito de inclusão, de aceitação, de perdão, de misericórdia pra com o meu próximo, eu fui transportado pro reino do filho do seu amor; do contrário, não!

No reino do filho do seu amor nós temos redenção. A nossa e a redenção que a gente oferece aos outros.

Nós somos aqueles que queremos ser redimidos e não queremos redimir ninguém! Mas quem foi redimido pelo filho do amor de Deus, redime o próximo.

Quem confessa que teve uma multidão de pecados perdoados cobre uma multidão de pecados.

Quem gosta de ver a boca do diabo silenciada sem mais nenhuma condenação ou acusação, porque, pela fé, está oculto em Deus em Cristo Jesus, esse mesmo não tem nenhum prazer na difamação de qualquer acusação contra quem quer que seja.

QUEM ODEIA SATANÁS TEM QUE DEIXAR DE SER SATANÁS NA VIDA DO SEU PRÓXIMO!

Quem diz: “Diabo, tu estás repreendido!", antes de dizer isso ao Diabo, deve dizer isso ao diabo que existe nele próprio.

Diabo = diábolos = divisão
Satanás = adversário

O grande satanás a ser combatido e enfrentado não é aquele que vem de fora pra dentro, é aquele que se constitui em psiquismo, em direito, em personalidade, em individualidade, em constituição do ser, e que habita você e responde pelo seu próprio nome! Batizado e tudo!

No reino do filho do seu amor, nós temos a redenção. Se nós temos a redenção, nós compartilhamos redenção!

No reino do filho do seu amor, se tem lugar pra mim, podem ter certeza, tem lugar pra todos! E no dia que eu disser que tem lugar pra mim, mas não tem lugar pra todos, nesse mesmo dia, eu estou de fora sem saber! Porque no reino do filho do seu amor, nós temos a redenção; e se ela é minha, ela é nossa, ela é de todos. Porque a intenção de Deus é que por meio do sangue da sua cruz, Ele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer nos céus, quer sobre a Terra, e até nós mesmos, que outrora éramos inimigos no entendimento e pelas nossas obras malignas, mas que agora fomos reconciliados por meio da sua carne, pelo sangue da sua cruz, se é que permanecemos firmes na nossa mente não nos afastando do evangelho, que nós ouvimos, e nem nos deixando ludibriar nem que seja por um anjo de luz!

Se você veio de casa e chegou aqui querendo ouvir uma coisa espetacular, não venha nunca mais me ouvir; eu não tenho nada espetacular a dizer; o meu único espetáculo é o da cruz. Vocês nunca vão me ver pulando no chão nem plantando bananeira; eu não tenho o dom da lagartixa, não recebi o dom de cão. Falo em línguas no meu quarto, e ninguém nunca me viu fazendo disso um espetáculo público. Se você gosta do circo da perversidade religiosa, não venha me ouvir, porque eu não tenho performance nenhuma a lhe oferecer!


A verdade é simples, simples é a verdade; agora, ela tem o poder de mudar a mente da gente. De transportar a gente da sutileza desse império psicológico-espiritual, que muitas vezes se disfarça, se camufla de religiosidades, de simbologias que nós chamamos de coisas relacionadas a Deus, mas que são apenas os mantos da mentira para que tudo continue exatamente entrevado dentro de nós!

Se esse é o espírito, se essa é a vontade, se essa é a decisão de não conversão, então fique sabendo: continue “cristamente” no império das trevas. Continue carregando cruzes e cruzes pro Diabo! Continue em sucessões de moveres e de batismos eternos que não transformam a mente, não mudam o coração e não alteram o entendimento.

Agora, isso tudo só para concluir, aqui mesmo em Colossenses 2, onde Paulo nos diz algo. Eu era menino e esse texto entrou na minha alma aos 18 anos de idade:

Nós fomos libertos do império das trevas e fomos transportados para o reino do filho do amor de Deus, porque nEle nós fomos sepultados. Juntamente com Ele nós fomos sepultados no batismo da morte, no qual igualmente nós fomos ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que ressuscitou a Jesus dentre os mortos. E a vós outros que estáveis mortos pelas vossas transgressões, vivendo a cidadania do império das trevas, e pela incircuncisão da vossa carne Ele vos deu vida, perdoando todos os nossos delitos, tendo cancelado o escrito de dívida que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, Ele removeu-o inteiramente encravando-o na cruz, e despojando os principados e as potestades do império das trevas e que tem o seu poder na nossa consciência, tem o seu poder na culpa latente em nós, tem o seu poder na nossa dívida pra com a Lei, tem o seu poder na nossa justiça própria arrogante que pretende se autojustificar, tem o seu poder justamente nesse espírito de acusação que paira sobre a nossa vida, em razão da certeza que todos nós temos de que nós estamos aquém e muito aquém e absolutamente aquém da santidade de Deus! Mas quando, pela fé no que Jesus fez, nós cremos e assumimos, pela fé, o que está feito e consumado, e sabemos que todo escrito de dívida que havia contra nós foi rasgado na cruz por Jesus, e com Ele todas as ordenanças que nos eram prejudiciais, porque Jesus removeu todas essas coisas inteiramente encravando-as na cruz, aí então, cessa o império das trevas em nós. Porque nesse dia, nessa hora, nesse momento existencial, em fé no nosso coração, Ele despoja os principados e as potestades, e como o fez na cruz, o faz hoje, ante os nossos próprios sentidos e consciência, publicamente os expondo ao desprezo, triunfando sobre eles na cruz, na nossa vida.

Por isso, ter saído do império das trevas e vindo para o reino do amor de Deus não tem absolutamente nada a ver com comida ou com bebida, com dia de festa, ou lua nova, ou sábado ou corrente dos 318 ou dos 424, porque tudo isso tem sido sombra de coisas que haviam de vir, porém agora nós somos do corpo de Cristo. Ninguém se faça árbitro contra vós outros, pretextando suposta humildade, ou até mesmo intimidade com os anjos, baseando-se em visões, em subjetividades, em moveres, em invenções fantasiosas da mente, enfatuado sem motivo algum; a sua mente é apenas carnal e vaidosa, e não retendo a cabeça, não retendo o evangelho, não retendo a mente de Cristo, não retendo a palavra de Cristo, da qual todo corpo suprido e bem vinculado pelas suas juntas e ligamentos cresce o crescimento que procede de Deus.

Se morrestes com Cristo, para os rudimentos do mundo, para o império das trevas, para o curso deste mundo, para a tirania do príncipe da potestade do ar, por que como se vivêsseis no mundo, vos sujeitais a essas ordenanças perversas, sejam as da religião ou sejam as ordenanças dos instintos desgovernados, seja o ascetismo, que diz: “Não manuseies isso, não proves aquilo, não toques aquilo outro, segundo preceitos e doutrinas de homens? Pois todas essas coisas com o uso se destroem, essas coisas, com efeito, tem aparência de sabedoria como culto de si mesmo, falsa humildade e rigor ascético, todavia não tem valor algum contra a sensualidade. Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus. Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são daqui da Terra, porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo em Deus.

“Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então, vós também sereis manifestados com Ele em glória.”

A VOZ INSISTENTE E MEIGA, TODAVIA PODEROSA DO ESPÍRITO SANTO, NOS CONVENCE ACERCA DA VERDADE, QUE NOS LIBERTA TODO DIA, PORQUE NÓS FOMOS LIBERTOS DO IMPÉRIO DAS TREVAS PARA SERMOS LIBERTADOS TODO DIA NO AMOR, NO REINO DE DEUS.

Esse é o evangelho de Jesus, e quem tiver alguma coisa contrária, seja anátema. Porque essa é a verdade eterna. Essa é a que fica, essa é a que transforma. É acerca dessa que Jesus chama de evangelho. O resto é outro evangelho, é mentira, é camuflagem, é engano, é tapeação do inferno, para você ficar mantido nesse estado de ilusão e fantasia, pensando que está servindo a Deus enquanto serve principados e potestades; fazendo grandes e ousadas confissões de fé enquanto a sua mente apenas segue o fluxo deste mundo, e o seu coração não experimenta transformações que alterem a essência do seu ser fazendo de você um filho do amor de Deus.

Essa palavra carrega cura, porque desinstala ódios, porque exorciza amarguras, porque expulsa direitos homicidas, que a gente mantém no coração como bens preciosos, como direito adquirido contra o próximo, sem saber que justamente isso é que vai matando o próprio coração e destruindo a própria vida.

Quando ódios, amarguras e ressentimentos são desinstalados de nós pelo poder do evangelho, que infiltra o amor de Deus na gente, o corpo é curado. Doenças psicossomáticas são afastadas. Perversões da mente são banidas. E o andar da gente é endireitado no chão da Terra porque antes foi consertado no chão do coração.

Minha oração é que toda ilusão sobre o reino do amor de Deus que tem estado sobre a nossa mente, mantendo-nos cativos ao império das trevas sem que a gente discernisse o tamanho do engano, tenha sido arrancada da nossa mente agora, em nome de Jesus. E que o processo da verdadeira conversão esteja começando e não pare jamais. E que a gente vá se conformando à imagem e semelhança do Senhor.
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Mensagem: “Discernindo o Império das Trevas” — Caio Fábio
Transcrição: José Abdon Luna Accioly
Revisão: Fausto R. Castelo Branco
14/OUT/08




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21 outubro, 2009

MOVIMENTO PELA REGENERAÇÃO DA IGREJA NA HISTÓRIA


Nos dias da Reforma Protestante, 95 foram as teses. Hoje a tese é uma só: Se tudo é Graça de Deus, então, não há barganhas a serem nem propostas e nem aceitas, jamais.

Portanto, eis como segue:


1. Há um só Deus, que se revelou como Pai, Filho e Espírito Santo; sendo, no entanto, um só Deus; e tal realidade divina pode ser por nós apenas crida, mas jamais entendida. Ora, sem fé é impossível agradar a Deus!

2. Tudo e todos os que existem foram criados por Deus e para Deus; e Deus ama a todas as Suas criaturas e criações; posto que sendo amor a natureza de Deus, tudo o que Ele criou por amor o criou.

3. Deus é Amor; portanto, Deus é Graça; visto que somente no Amor há Graça; sendo também esta a razão de Deus haver feito o Sacrifício Eterno pela Sua criação e todas as Suas criaturas, antes mesmo de criar qualquer coisa; posto que o Cordeiro Eterno de Deus, que é também o Filho, entregou-se como Redenção e Remissão de pecados antes que qualquer coisa, ente, criatura ou dimensão tivessem sido criadas.

4. As transgressões que houve e há na criação, não demandaram de Deus um “improviso”, um remendo; posto que a Graça do amor de Deus revelado aos homens não seja um improviso, mas a consecução do amor que já se dispusera a tudo por amor à criação antes de haver mundo.

5. Deus é amor, é, portanto, Pessoa; pois não há amor sem pessoalidade. Por isto ao criar seres capazes da pessoalidade, Deus chamava a Sua criação a um vinculo de relacionalidade com Ele, em amor, verdade e graça.

6. Sendo Deus Eterno e Infinito, e o homem mortal e finito, não há meios de o homem ou qualquer criatura discernirem Quem Deus é a menos que Deus faça revelação de Si mesmo.

7. Portanto, tudo quanto de Deus possa ser sabido nos vem exclusivamente por revelação; seja a revelação Dele mediante a Natureza das coisas criadas, seja pela iluminação da consciência, seja pelas Escrituras que decorreram da fé de Abraão, seja pela ciência como apreensão da revelação livre que Deus faz de Si mesmo.

8. A Palavra de Deus, portanto, se manifesta de muitos modos; entretanto, uma só é a Palavra; e toda a sua revelação está manifesta em Jesus, que é o Verbo Eterno, a Palavra antes de qualquer Natureza, Consciência, Ciência ou Escritura; posto que somente em Jesus seja possível discernir Deus em Sua plenitude de revelação aos homens. Afinal, Jesus disse: “Quem me vê a mim, vê o Pai” [...] “Eu e o Pai somos Um”.

9. Sendo Deus Eterno e totalmente transcendente ao homem, tudo o que Dele nos venha é Graça; e sem Graça, favor divino em todas as coisas, nada pode ser por nós apreendido como bem eterno em razão de nossa incapacidade de discernir o Eterno e Infinito, especialmente quanto a aprender a Sua vontade.

10. Além disso, pela mesma razão, somente se pode manter relação com Deus mediante a fé, posto que a fé se abra para todas as coisas, visíveis e invisíveis; e mais: somente a fé não conhece impossível; portanto, somente pela fé se pode manter vinculo com Aquele está para além de toda compreensão.

11. Ora, sendo Jesus o Cordeiro Eterno de Deus que se manifestou na História, o fez no mesmo espírito da Graça Eterna, a mesma concedida à criação e às criaturas antes que houvesse mundo. Por isto Jesus não é o Deus dos cristãos, nem de qualquer grupo humano, nem o fundador do Cristianismo, nem o Deus dos crentes que assim se confessem apenas pela filiação a uma agremiação religiosa... Antes pelo contrário, Ele é a verdadeira Luz que vinda ao mundo ilumina a todos os homens; posto que Jesus tenha sido apresentado a nós como pertencendo a uma Ordem Sacerdotal Superior, não religiosa, não humana, e que é descrita como sendo a Ordem de Melquizedeque, na qual todos os seres humanos, sabendo ou não de tamanha Graça a eles disponível em Cristo, nela estão incluídos por uma decisão unilateral do amor de Deus; posto que Deus estivesse em Cristo reconciliando consigo mesmo o mundo.

12. Desse modo, tudo quanto concerne ao homem como necessidade, surge de Deus como solução do amor na Graça; a saber: arrependimento, fé, salvação, redenção, perdão, justificação, alegria, santificação e esperança eterna. Assim, não há nada que seja essencial ao homem que seja provisão do homem para o homem; pelo contrário, tudo provém de Deus.

13. Por esta razão o povo de Deus é o Povo da Graça; pois, quem quer que esteja em Deus só o está em razão de ter sido incluído gratuitamente em tão grande salvação.

14. Além disso, esse Povo de Deus é chamado a tornar-se seguidor de Deus nos passos de Jesus; e, por isto, só é Povo de Deus [e, portanto, Igreja], aquele que se entregar a Deus apenas crendo que no Cordeiro Eterno, Cristo Jesus, Tudo Está Consumado; não restando ao homem nada a fazer a fim de completar o que já estava Feito antes de haver mundo.

15. É porque o Evangelho é assim, e porque Jesus assim ensina, e, além disso, por ter sido apenas este o Fundamento Apostólico sobre o qual a revelação da Nova Aliança se deu, é que afirmamos com temor e santo temor que:

15.1. O que se fez nesses 1700 anos de História Cristã Romana, da qual a própria Reforma Protestante não deixou de ser herdeira, rompendo com muitas coisas, mas não com todas, tornando-se assim, de certa forma, apenas uma Re-forma, mas não uma Revolução de sentidos, conteúdos, e, sobretudo, de simplificação não de formas, mas de espírito — é ainda algo totalmente insatisfatório; posto que seja ainda um reformar, mas não uma ruptura de conteúdos, de dogmas, de doutrinas humanas, de lógicas mundanas, todas elas criadas pelo Pai do Cristianismo e seus auxiliares históricos: o Imperador Constantino.

15.2. Que o que provocou a Reforma nos dias dos Reformadores do Século XVI, tornou-se algo revivido com ênfases e disfarces de maldade ainda maior entre nós, hoje; posto que agora tudo seja feito com máscaras do “nome de Jesus”, porém, com modos que fazem as vendas de Indulgências que deram pavio ao fogo da Reforma, tornarem-se temas inocentes de presépio infantil.

15.3. Que as barganhas, as negociatas, as campanhas de exploração da credulidade do povo, o uso perverso da Bíblia, o espírito de troca e comercio, as maldições e ameaças pronunciadas “em nome de Jesus”, os novos apóstolos do dinheiro e da prosperidade, o desenfreado comercio da fé como produto, a utilização de todos as formas de manipulação e engano, as inegáveis manifestações de ações criminosas em nome da fé, o uso político da igreja e do nome de Jesus, e tudo quanto entre nós hoje se define como “igreja” e sua prática histórica, não mais é que um estelionato sem tamanho e medida, e que faz a Igreja Católica do Século XVI uma entidade de bruxos aprendizes daqueles que entre nós hoje são pastores, bispos, apóstolos e candidatos diabólicos à divindade.

15.4. Que não é mais possível usar termos como “evangélico”, que deveria significar “aquilo que carrega a qualidade do Evangelho”, nem termos como “Igreja”, que deveria apenas ser a assembléia dos crentes no Jesus dos Evangelhos — posto que “evangélico” tenha se tornado aquilo que no Evangelho é descrito como sendo anti-evangélico, e “Igreja” tenha se tornado aquilo que no Evangelho é apenas uma multidão perdida e sem pastor, tamanho é o descaminho dos seus guias e condutores do engano.

15.5. Que não é mais possível conviver passivamente com tamanho engano blasfemo, sob pena de nos tornarmos indesculpáveis diante de Deus, desta geração, e das que ainda virão.

15.6. Que hoje se ouve a Voz de Deus, dizendo como fez antes muitas vezes, e no futuro ainda voltará a dizer: “Sai do meio dela, ó povo meu!” Sim, pois “o Senhor conhece os que Lhe pertencem”; e deseja separar Seu Povo do convívio perverso não no “mundo”, mas, sobretudo, no “ambiente chamado ‘igreja’”; posto que, pela anuência silenciosa, estamos corroborando o engano para aqueles que não sabem discernir entre a mão direita e a esquerda.

15.7. Portanto, convidamos a todo aquele que ainda crê em Jesus segundo a pureza do Evangelho, que assuma hoje, e para sempre, uma total ruptura com tudo aquilo que se disfarça sob o nome de Jesus, mas que nada mais é do que manifestação do engano, até que chegue o Dia quando todo “Senhor, Senhor” que não teve correspondência de obediência ao Evangelho, de Jesus ouvirá o terrível “Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim todos vós que praticais a iniqüidade”.

15.8. Aqui, sem alarde, com total sinceridade no Evangelho, convidamos você a abraçar a busca da Regeneração; pois, o que a “igreja” precisa a fim de se tornar Igreja, segundo Jesus, é de Regeneração, de conversão, de arrependimento e de iluminação do Evangelho na Graça de Deus.

15.9. Portanto, não temos barganhas a fazer com tudo aquilo que, mesmo sendo anunciado “em nome de Jesus”, nada tenha de Jesus e do Evangelho; e assim fazemos porque temos certeza de que seremos cobrados por Deus se nos mantivermos alheios, silenciosos, perversamente educados no nosso assistir da mentira na sua prevalência histórica contra a verdade e a simplicidade do Evangelho.

15.10. Estas são as teses puras e simples deste momento/tempo de Busca de Regeneração de nós mesmos no Evangelho. Quem diz amém ao Evangelho de Jesus, esse não temerá viver todas as implicações dessa decisão proposta não como Reforma, mas como Regeneração.


Nele, que nos chama a servi-Lo hoje, nesta geração, pois a ela estamos endividados pelo conhecimento da Verdade em Jesus,



Caio Fábio D’Araújo Filho

E quem mais assinar antes ou depois de minha assinatura...

21 de outubro de 2009


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20 outubro, 2009

O QUE MAIS FALTA A JESUS?...

Paulo nos diz que a letra mata [mesmo que seja letra da Escritura…]; que o exercício que tenta ver mágica de revelação na exegese, é tolice [prova disso é o modo como ele “usa” as Escrituras do Antigo Testamento]; que qualquer “interpretação” que não seja via Encarnação, ou seja: centrada exclusivamente em Jesus — é engano religioso que presume ler tudo o que foi dito como “interpretação correta”...

Como poucos [...] Paulo entendeu que o Evangelho era Jesus e que Jesus era o Evangelho; e que tudo o mais que tivesse havido e sido escrito antes, como “Escritura”, agora, depois de Jesus, depois da Encarnação, depois de Emanuel: Deus conosco — teria que ser submetido ao espírito de Jesus, ao espírito do Evangelho; pois, na Velha Aliança se poderia invocar a Deus para que mandasse fogo do céu para consumir os adversários, mas, em Jesus, a mesma idéia antiga de “poder espiritual”, fora completamente banida, repreendida e abominada por Ele, que, ante tal proposta de piedade perversa [que eu chamo de peidade...] feita por João, apenas respondeu com a seguinte afirmação: “Vós não sabeis de que espírito sois!...”

“Toda Escritura é inspirada por Deus e apta para o ensino, a correção e a educação na justiça” — dizia Paulo; embora, ao assim dizer, não transferisse para as Escrituras nada além do poder de testemunhar Jesus, no que [...] e se [...] ela desse testemunho de Jesus; posto que para os apóstolos [e João declara isso], “o testemunho de Jesus era o espírito de toda a profecia”; ou seja: a finalidade de toda a Palavra escrita [...] era ser apenas, agora, testemunho da verdade dos fatos do encontro entre a humanidade e Deus, e, depois, entre os hebreus e Deus, e, ainda depois, acerca de Israel como nação e Deus como o Senhor das nações; e, agora, em Jesus, era o testemunho que não se poderia entender antes de haver Encarnação; por isto, para Paulo, Jesus era a Chave Hermenêutica para a compreensão das Escrituras...

Assim, em Jesus, se tem a separação nas Escrituras de tudo quanto fosse circunstancial, passageiro, cultural, histórico, necessário ao tempo, de um lado, e, de outro lado, tem-se o que é permanente, o que é definitivo, o que é eterno, o que é Evangelho antes da manifestação histórica do Evangelho...

Depois de Jesus a Bíblia é a coletânea de livros nos quais se pode encontrar o testemunho histórico/profético acerca de Jesus, mas não se tem nada além disso...

Por exemplo, depois de Jesus a leitura se inverteu... Já não se lê as Escrituras em busca do Messias, mas, a partir do Messias se lê o todo das Escrituras; visto que, depois de Jesus, tudo quanto não seja Evangelho segundo o espírito de Jesus, ainda que esteja escrito na Bíblia, caiu [...], segundo Paulo e o escritor de Hebreus [...], em estado de obsolescência e caducidade...

Sim, Jesus é tudo; e quem não considere Jesus assim [...], ainda não entrou no reino do entendimento segundo Deus.

Este é um fato ante o qual não há barganhas a propor...

Ou é assim..., ou, então, ter-se-á tudo com a grife Jesus, mas de Jesus mesmo não se terá nada...

Há, todavia, aqueles que se escandalizam quando digo que Jesus é o Único Verbo, a Única Palavra Eterna; e que o mais... [a Bíblia toda], é testemunho humano, inspirado; sim, testemunho dessa esperança ou dessa fé, mas não é nada..., além disso...; visto que em Jesus, e não na Bíblia, é que estão ocultos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento...

Sem tal visão tudo é idolatria...

Sim, a Bíblia vira ídolo, as Escrituras ficam maior que Jesus, e as doutrinas da “igreja” se tornam a “etiqueta comportamental de Deus”, conforme definida pelos homens...

Ou seja: porque deixou de ser assim é que herdamos a desgraça do “Cristianismo de Constantino”, que é o que se tem como “igreja” e “crença” em Jesus até hoje; mas que nada tem a ver com o Evangelho; posto que tudo tenha sido construído a partir da Bíblia como livro e dos “mestres” como decodificadores da revelação; e, em tal caso, Jesus tinha que se harmonizar com o todo da Escritura, e não a Escritura se harmonizar a Jesus [...].

Para os apóstolos, no entanto, se requeria a coragem de deixar de fora tudo quanto não coubesse mais [...] ante o avanço revelado da vontade de Deus encarnada em Jesus.

Esta é a coragem de ruptura que também se demanda de quem quer que queira tornar-se discípulo de Jesus, e de Jesus somente...

Você tem outra pretensão?...

Ora, nossa única pretensão deveria apenas ser o tornarmo-nos cartas vivas [...], evangelhos de carne e sangue [...], epistolas de reconciliação [...], escrituras feitas de inscrição no coração...

Sim, pois em Jesus, tanto como promessa feita pelos Profetas, como também mediante o Seu próprio Prometer aos Seus [todos] discípulos — está dito que todos os que Nele cressem seriam evangelhos andantes [...], cartas hebréias em sua mobilidade no caminho [...]; ao ponto de Paulo declarar que nosso chamado é para sermos cartas vivas, escritas pelo Espírito do Deus vivente; cartas essas vistas e lidas por todos os homens, mediante os nossos atos de amor, e nossa visão tomada pela mente de Cristo, que é o Evangelho.

Doutrina certa segundo Jesus é vida vivida em amor...

O que passar disso é Cristianismo, não Evangelho!

Pense nisso!

Nele, que é tudo que como tudo eu precise nesta vida ou em qualquer outra forma de existência,

Caio


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08 outubro, 2009

OS MILAGRES CONTRA O AMOR…


O que diferencia as coisas de Deus das coisas dos deuses entre os homens, não são milagres, nem poderes, nem demonstrações, nem sinais, nem prodígios, nem coisas extraordinárias, posto que todas essas coisas sempre tenham se manifestado entre todos os povos da terra.
Línguas estranhas, profecias, sonhos e visões, curas, sinais prodigiosos, etc... — estão presentes em todos os registros de quase todos os povos primitivos.
Portanto, o que diferencia as coisas de Deus das coisas dos deuses não são fenômenos, mas um único fenômeno: o amor...
Não é o nome de um deus ou de “Deus” é o que faz a diferença, mas exclusivamente o amor...
Onde o diferencial é amor, não importa a cultura, o ambiente religioso, a ignorância, whatever...
Se há amor, aí há Deus...
Se não há amor, pode haver o nome de Deus, as doutrinas de “Deus”, culto a Deus, tudo a Deus — mas não haverá Deus aí...
Milagres sem Deus são comuns...
O incomum é o milagre de Deus...
O sobrenatural não é a marca de Deus...
A marca de Deus é o amor...
O mundo está cheio de milagres e de sobrenatural..., mas vazio de Deus!
Jesus fez muitos milagres, mais milagres do que qualquer outro ser humano...
No entanto, a leitura do Evangelho nos mostra que Jesus faz milagres como um gesto de amor pela fraqueza e pela dor humana, mas não como um recurso da revelação de Deus...
Ao contrário, Jesus denuncia a relação adoecida das multidões com os Seus próprios milagres; e diz: “Não foi por mim e nem pela Palavra que vocês voltaram, mas porque vocês comeram pão de graça”...
Jesus fez e aconteceu... até que “os judeus” começaram a “pedir sinais”...
Então Ele foi diminuindo...
A esta geração não será dado outro sinal senão o do profeta Jonas! — disse Jesus nessa hora.
Milagres do amor curam e não adoecem a alma...
Mas os milagres dos fenômenos, esses matam o espírito...; pois criam fé no milagre e não em Deus, e dão ao que busca o milagre a sensação errada de que o milagre valida a experiência da pessoa com Deus; e não é o caso...
Por isto é que no Evangelho o único milagre a ser sempre celebrado é o da conversão, é o do arrependimento, é o da novidade de vida, é o novo nascimento!...
Ora, esse milagre que o Evangelho busca e celebra, só acontece mediante o amor; pois, sem amor, todo milagre é apenas manifestação de um fenômeno...
“Ainda que tudo...” — sem amor nada aproveitará.
O problema é que os crentes, à semelhança dos judeus dos dias de Jesus, buscam sinais, mas não querem a Palavra!
Assim, buscando sinais não crêem no amor e na fé como sinais que superam todos os demais...
Ao final, o que acontece é que um milagreiro lê este meu texto e ri de mim, desse coitado, desse romântico, desse otário, desse bobo que fica aí falando de amor...
Eu, todavia, creio tanto nisto quanto em tudo o mais..., mas quero apenas ser discípulo dos milagres do amor de Deus, e não tenho desejo por nenhum poder que não nasça exclusivamente do amor.
Nele, de Quem aprendi que se não for assim [...] de Deus não é,
Caio


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15 setembro, 2009

QUANDO A IGREJA NÃO É “IGREJA”...

Igreja tem que ser coisa de gente de Deus, de gente livre, de gente sem medo, de gente que anda e vive, que deixa viver..., que crê sempre no amor de Deus...; e, sobretudo, é algo para gente que confia..., que entrega..., que não deseja controlar nada...; e que sabe que não sabe, mas que sabe que Deus sabe...

Somente gente com esse espírito pode ser parte sadia de uma igreja local, por exemplo...

Entretanto, para que as pessoas sejam assim seus pastores precisam ser assim...

Se o pastor é assim..., tudo ficará assim...

Ou, então, o tal pastor não emprestará a sua vida para o que não seja vida, e, assim, bem-aventuradamente deixará tal lugar de prisão disfarçada de amor fraterno...

Em igreja há problemas... É claro... Afinal, tem gente...

Mas nenhum problema humano tem que ser um escândalo para a verdadeira igreja de gente boa de Deus.

Numa igreja de Deus ninguém tem que ser humilhado..., adúlteros não tem que ser “apresentados” ao público..., ladrões são ajudados a não mais roubarem..., corruptos são tratados como Jesus tratou a Zaqueu..., e hipócritas são igualmente tratados como Jesus tratou aos hipócritas...; ou seja: com silencio que passa..., mas, ao mesmo tempo, não abre espaço...

Na igreja de gente boa de Deus fica quem quer e até quando deseje... E quem não estiver contente não precisa ser taxado de rebelde e nem de insubordinado... Ele é livre para discordar e sair... Sair em paz. Sem maldições e sem ameaças; aliás, pode sair sem assunto mesmo...

Na verdadeira igreja não há auditores, há amigos.

Nela também toda angustia humana é tratada em sigilo e paz.

Igreja é um problema?...

Sinceramente não acho...

Pelo menos quando a igreja é assim, de gente, para gente, liderada por gente, com o propósito de fazer de toda gente um humano maduro — então, creia: não há problemas nunca, pois, os problemas em tal caso nada mais são do que situações normais da vida, como gripe, febre ou qualquer outra coisa, que só não dá em poste de ferro...

Tudo o que aqui digo decorre de minha experiência...

Não é teoria...

Pode ser assim em todo lugar...

Mas depende de quem seja o pastor...

E mais: se o povo já estiver viciado demais nem sempre tem jeito...

Entretanto, se alguém decide começar algo do zero, então, saiba: caso você seja gente boa de Deus, e que trate todos como gostaria de ser tratado..., não haverá nada que não seja normal, pois, até as maiores anormalidades são normais quando a mente do Evangelho em nós descomplicou a vida.

Pense nisso!...

Nele,

Caio

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14 setembro, 2009

EU CREIO EM JESUS SE ELE NÃO PASSAR DOS LIMITES...

João 8.


Pessoas podem “aceitar” coisas em nome de Deus por razões que não se pode explicar...

Jesus nos mostra como por trás de decisões humanas importantes na maioria das vezes a motivação é perversa...

Por exemplo, em João capitulo oito, Jesus diz coisas subjetivas e difíceis de entender, e, o resultado, é que os judeus que antes indagavam quem Ele era e por que dizia o que dizia, de súbito dizem agora “crer” Nele.

A esses tais Jesus disse que eles deveriam permanecer em Seus palavras a fim de que de fato se tornassem Seus discípulos [nada mais natural e óbvio...]; e acrescentou que se permanecessem em Sua Palavra eles haveriam de conhecer a verdade no intimo, e que a verdade os libertaria...

Quando Jesus usou o verbo “libertar”, eles, os judeus que haviam crido Nele, de repente se eriçaram...

Indagaram...

Nós somos descendentes de Abraão, já sobrevivemos a todos os cativeiros e dominios imperiais sem nos rendermos, e agora nem os romanos nos escravizam a alma, como pode você dizer que seremos libertos, se nunca fomos escravos?

Jesus explicou que falava de escravidão interior, do pecado... No entanto, o condicionamento cultural, político, ideológico, étnico, racial, genético, etc. — eram elementos mais fortes neles do que a tal da nova fé em Jesus.

Reagiram... Zangaram-se... Ficaram brabos...

Jesus replicou... Não deixou passar... Prosseguiu... Provocou...

O assunto do pedigree continuou...

Jesus disse que sabia que eles eram da ancestralidade de Abraão... Mas afirmou que espiritualmente a ancestralidade deles era outra, provinha de outro espírito... De fato era do diabo que eles se faziam filhos, pela mentira, pela incapacidade de se auto-encararem na verdade, e pelo ódio assassino que os habitava até quando falavam de fé...

Eles ficaram com ódio...

Partiram para a ignorância...

Disseram que estavam certos desde o principio, pois diziam que Jesus era samaritano e tinha demônios...

Assim, a “fé” que começa como uma adesão à subjetividade “profunda” do ensino quase esotérico de Jesus no contexto antecedente, de súbito se torna outra coisa..., e termina com a afirmação dos que tinham antes dito que haviam “crido em Jesus” — que... desde sempre haviam sabido que Jesus era de uma casta inferior [samaritano] e que tinha demônios agindo em sua vida...

Jesus, no entanto, nunca esteve animado com aquela “fé” tão “pronta e rápida”, pois, prosseguiu chamando-os para as implicações da confissão de fé, que é a entrega à verdade que nos liberta das doenças do pecado e de suas escravidões...

Do mesmo modo há muitos que são discípulos apenas do Jesus que não entendem, pois, quando Jesus os força a entenderem que ser discípulo não é achar Jesus o máximo, mas sim render-se ao reino da verdade no coração, então, a “fé” vira “ódio” e a “confissão” se torna “blasfêmia”...

É por esta razão que muitos “crentes” ficam com raiva do “evangelho”, ainda que para isso tenham que inventar histórias ou fazer do mensageiro um “samaritano e endemoninhado”...

Este é o nível da entrada do Evangelho como amargor nas entranhas do engano...

Em geral esse é um conflito apenas de crentes...



Pense nisso!...



Nele,



Caio




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10 setembro, 2009

A GRAÇA GERA CORAGEM DE SER

Na Graça não há medo, pois a Graça é a manifestação do amor de Deus como favor absoluto.
Assim, quem crê que a vida com Deus acontece na Graça e como Graça, não teme; pois, Aquele que se declara em amor unilateral por nós, autoriza-nos a perguntar: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?”.
Desse modo, acabam-se os medos e pânicos em relação a tudo — seja o medo de viver ou de morrer; ou o medo do presente com suas catástrofes anunciadas, ou o medo do futuro e seus apocalipses inafastáveis; ou o medo de anjos ou demônios; ou de poderes humanos ou invisíveis; ou do abismo ou das alturas impensáveis; ou de qualquer que seja a criatura ou invenção maligna; ou o medo de todo juízo.
É em razão exclusivamente da Graça que Paulo pergunta: “Quem nos separará do amor de Cristo?” Ou ainda: “Quem nos condenará?” E não encontra nem mesmo em Nero ou Calígula (contemporâneos de Paulo) acusadores ou poderes que o amedrontem.
Ora, durante muito tempo eu cri que cria em tudo isso. No entanto, foi de 1998 para cá que tive a chance de aprender a crer em face de oposições imensas e reais.
Eu lia — “Ainda que um exército se acampe contra mim, não se atemorizará o meu coração!” — e cria que eu cria em tal declaração. Mas quando os exércitos se acamparam contra mim meu coração temeu e se arrefeceu em esperança.
Até o dia do maior desespero, quando tive que admitir para mim mesmo que os salmos que eu conhecia ainda me tinham sido sempre esperanças em tempos de dificuldade humana, mas que eu não os conhecia como salmos pessoais ante as situações sobre-humanas.
Agora (naquele tempo), todavia, eu tinha que conhecer os salmos como Davi e outros os conheceram — ou seja: em meio aos exércitos reais cercando a minha casa e a minha vida, trazendo todas as suas ameaças, e prometendo com o rilhar de seus dentes que haviam chegado para me matar.
E assim foi...
Tive que conhecer a Graça em meio à zombaria, aos muxoxos, às acusações, às ironias e sarcasmos; e em meio a toda sorte de desprezo.
Depois tive que conhecê-la como Graça na dor do luto de meu filho.
Isto sem falar em milhares de situações de um dia-a-dia feito de olhares de perversidade e de acusação.
Então, na prática, aprendi que a Graça é melhor que a vida, pois ela é maior que a vida.
Desse modo, busquei apenas me satisfazer com o amor de Deus por mim, apesar de todas as formas de desamor vindas dos “irmãos”.
O fato é que quando a Graça acaba com o poder da morte para você, o que surge é um imenso poder para viver.
Assim, o caminho da Graça nos leva ao céu e ao abismo, aos vales e às montanhas, às planuras e aos penhascos, aos amores e aos ódios, a abundancia e à escassez, à saúde e à enfermidade, aos ganhos e às perdas, à paz e aos tumultos — mas conduz você em triunfo em todas estas coisas.
Então, depois de tudo, e só depois de tudo, é que você aprende de verdade a dizer “Tudo posso naquele que me fortalece!”.
Afinal, na Graça não há perdas, há apenas livramentos de pesos mortos e desnecessários — pois, o Caminho da Graça em nós é um caminho que conduz à leveza que surge em razão de que tudo o que é morto de significado é pela Graça dispensado de nossa existência.
Por isso, quando tal consciência se transforma em fé para a vida, toda forma de medo se esvai...
Por esta razão é bem-aventurado todo aquele que crê dessa forma e não teme trazer tais implicações para a sua vida.
O que percebo é que o maior o medo humano é perder o medo em razão da confiança!
Sim, pois o que de fato acontece é que a maioria opta pelo medo como segurança, crendo que se houver medo haverá a proteção da covardia.
Tudo o que a Graça propõe só se materializa pela confiança que se entrega e que descansa na fidelidade de Deus — e isto é pura Graça.
A Graça é melhor que a vida somente quando a vida acontece em confiança na fidelidade do Deus de toda Graça.
Você crê?
Se você crê; então venha!
Nele, que nos chama ao andar sem medo,
Caio


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01 setembro, 2009

GRAÇA, GLÓRIA, ESPINHOS… e outros mandacarus


Tem gente que não tem um espinho na carne, pois, de fato, elas são o espinho na carne dos outros.
Há também aqueles que são espinheiros andantes e constantes em sua marcha para abraçarem os que amam de morte.
Há ainda os que são santos, que andam na graça do Evangelho pela fé, e que, justamente por isto, têm espinhos na carne.
A razão é para que continuem saudáveis, pois, em um mundo caído, com gente de natureza caída, todo homem, por mais santo que seja, é pura vaidade.
Os seres que são espinhos para outros, assim como aqueles que se tornam o próprio espinheiro, não conhecem o Evangelho como experiência da fé, pois, quem quer que conheça o Evangelho, tanto mais quanto o conheça, mais santo se tornará em seus caminhos, e, assim, não terá mais espinhos brotando de si contra o próximo.
É por esta razão que o santo que foi e é santificado pela fé na graça de Jesus precisa de espinho em sua carne, pois, nele não há mais espinhos para os outros, como era antes, e, por isto, os espinhos virão de outros para ele.
Entretanto, esse que se santificou pela fé em Jesus, tem espinhos contra si mesmo, apesar de todas as coisas boas que nele haja.
Sim, pois mesmo que esteja de volta do Terceiro Céu, ainda assim continua capaz da vaidade e da soberba da virtude alcançada.
Somente não precisam de espinhos para sempre, aqueles que não mais voltarem de nenhuma viagem aos Céus.
Na Terra, porém, tanto quanto no mundo [que é aqui uma outra categoria], não é possível provar a revelação das grandezas de Deus sem que a cura para a experiência da Glória não seja algum espinho como Graça em nós.
O Santo foi Coroado de Espinhos!
Assim, os seus santos, sempre experimentarão espinhos na carne.
Entretanto, todo aquele que tenha tal espinho, que ore ao Senhor, que peça que Ele o livre desse mensageiro de Satanás; pois, se a Paulo Deus disse “a minha Graça te basta, pois o poder se aperfeiçoa na fraqueza”, pode ser que com relação a você, Ele tenha outros planos, quem sabe um alívio pela mudança de espinhos e de localização do desconforto.
Quem, no entanto, não anda no caminho do santo santificado pela fé em Jesus, esse não terá espinhos a lhe perturbar, pois, esse é em si mesmo espinho para outros, ou, pior ainda: ele mesmo é um espinheiro com volúpia de abraçar.
Portanto, espinho na carne é para o santo em elevação.
Carne no espinho, no entanto, é o modo de ser dos seres que existem para ferir e ferirem-se.

Nele, que foi coroado com espinhos, nesta Terra de cardos e abrolhos,

Caio
28 de agosto de 2009




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18 agosto, 2009

TRATADO SOBRE UNIDADE?

João 17…

Não adianta fazer força, pois, unidade entre pessoas, genuína unidade, fruto de amor e tolerância, não se manifesta pela força do homem, embora seja simples como respirar...; isto quando se respira amor de Deus.

Jesus não deu um método e nem postulou uma Unidade Oficial ou Institucional.

Não havia tal coisa...

Os que ouviram Jesus sabiam que Unidade era o mesmo que amor em exercício, com todas as suas implicações...

E mais:

Os que ouviram Jesus dizer tais palavras sabiam que se Ele não vivesse neles... tudo aquilo seria totalmente impossível...

Afinal, com Jesus entre eles..., eles ainda brigavam... Imagine só eles sem Jesus, mas fazendo tudo em nome de Jesus, e sem o amor de Jesus em seus corações — o que sobraria da experiência se não aquilo que hoje chamamos de “Cristianismo” e de “Igreja”?...

Sim, nesse sentido o “Cristianismo” é coerente consigo mesmo e com sua fundação no Século IV da “Era Cristã”...

Digo isto porque o “Cristianismo” é a tentativa de organizar a fé sobre bases e fundamentos humanos de poder, de institucionalidade e de intelectualidade capaz de explicar Deus e demonstrar a superioridade da tese cristã sobre o resto da humanidade perdida...

Jesus, todavia, disse que a Unidade a qual Ele fazia referencia era um milagre...

Sim, teria e tem a ver apenas com aquilo que Ele pediu ao Pai: “Eu neles; tu em mim; eles em nós; para que sejam aperfeiçoados na unidade”...

E disse que a única apologia que o Evangelho teria no mundo seria a do poder e da evidencia simples do amor!...

Ora, tal realidade ganha contornos objetivos e históricos na manifestação do amor, e apenas do amor; pois, do contrário, tudo mais que se crie é confraria, é maçonaria, é clube santo, é “igreja”, é o que se tem visto... — e que é tudo, menos manifestação de amor no mundo, e, menos ainda, pelo mundo...

Entretanto, tal Unidade não espera acontecer...

Quem ama e vive com Ele, Nele, e Ele no Pai — esse não espera encontrar comunhão intelectual com ninguém, mas, sobretudo, busca servir, não importando a identificação...

Sim, pois tal Unidade se baseia em amor e não em acordo de opiniões...

Se o outro conhece o Senhor mesmo, a unidade acontece como a vida ou como o nascimento... Se, porém, o outro não conhece o Senhor, será mesmo assim e, sobretudo, servido...; pois amor tem como seu Dogma único o servir e o se dar...

Assim, onde há amor, há unidade; e onde não há amor, pode-se ter tudo, inclusive acordo doutrinário, mas jamais haverá unidade segundo Deus.

Ora, a grande manifestação do amor que testemunha a unidade no mundo e entre os homens somente é de serviço...

Sim, o que Jesus chamou de Igreja teria e tem que ser o povo do amor em serviço, uns pelos outros e pelo mundo inteiro...

Mas a “Igreja” não quer servir, quer ser servida; não quer amar, quer ser amada; não acredita no silencio esmagador das obras de amor, mas apenas em discursos; não pode nem mesmo se imaginar servindo aos pagãos da Terra, mas apenas sonha com os pagãos em submissão à “igreja”...

Desse modo, com tal espírito, com esse animo de “Alexandre, o Grande”, com essa vontade soberana dos Casares, com esse fervor mulçumano fundamentalista, e com esse surto de importância histórica que assomou a “igreja”—o resultado tem que ser o que foi e o que é; posto que não haja em tal “igreja” nada do Espírito de Jesus, nada do Servo de Todos, nada daquele que disse que nossa vida seria entregá-la todos os dias, em amor e serviço à vida e ao mundo perdido...

Toda tentativa humana de unidade apenas acentua as diferenças e abisma os homens...

Sim, pois Unidade é apenas unidade... — e isso só nasce do amor que não faz perguntas, mas apenas se dá como Jesus se Deus...

Agora leia João 17 e veja que a suma de tudo é o que está dito acima!



Nele, que não escreveu um Tratado sobre Unidade, mas ensinou o caminho do amor,



Caio




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12 agosto, 2009

DEUS É ALEGRE E EU QUERO SER TAMBÉM!...

Deus é alegre.

Deus é feliz.

Deus é amor.

Ora, o amor é feliz, se alegra, exulta, come e bebe contentamento, até quando não há razões externas; posto que a alegria do amor não venha de baixo, mas de cima... Sim, vem do alto; vem de Deus; e não depende de mais nada além da felicidade de Deus, da paz de Deus e do Gozo do Amor no qual Deus É.

Afinal, se Deus me manda ser alegre, grato e contente, é porque Ele mesmo é assim...

Deus grato?...— que blasfêmia!

Grato a “Quem”?...

Não sei como é..., mas sei que Deus é grato assim como Jesus demonstrou gratidão sempre.

Ora, se Deus se entende com Deus por mim, segundo o patriarca Jó; e se Jesus disse que Deus é manso e humilde de coração...; e se Paulo disse que Deus se submeteu a Deus em Jesus — então, para mim, é simples crer que Deus seja também grato e feliz.

Afinal, a alegria do Senhor é a nossa força!

Toda a tônica da Escritura quando se trata de bem-aventuranças, sempre nos remete para a alegria.

Os salmos são convites regulares e freqüentes à alegria, ao salmodiar, ao fazer poesia para Deus e para a vida...

Os Profetas sempre dizem que o sinal da reconciliação do homem com Deus implica em alegria, em festa, em folguedo, em dança, e baile de gratidão.

No Evangelho tudo é alegria, até a lágrima que faz o coração estranhamente feliz: uma verdadeira bem-aventurança.

Sim, até o fim do mundo deve ser visto com exultação prospectiva, pois, se crê que haverá novos céus e nova terra.

Segundo Jesus, a grande resposta do homem à calamidade, à perseguição que aconteça em razão da verdade e da justiça, deve levá-lo para um lugar de exultação.

“Alegrai-vos”; “exultai”; “erguei as vossas cabeças” — são expressões que nos mandam abraçar a alegria mesmo que seja enquanto se foge, errantemente..., e sem chão no mundo...

Paulo nos diz que o grande poder na vida é contentamento sempre, é gratidão sempre, é a capacidade de poder tudo Naquele que nos fortalece; seja no tudo do tudo..., ou seja no tudo do nada...

Provavelmente o grito mais emblemático desse mandamento existencial da alegria venha do Profeta Habacuque, quando disse que deveríamos viver alegres com uvas ou com espinhos, com leite ou com lama, com pastos verdes ou na grama marrom da seca, tendo ou não tendo, ou até esperando e vendo a promessa mentir ou atrasar-se... — enfim, em qualquer circunstância; e sempre dizendo: “Ainda que seja tudo ruim, eu me alegro no Senhor, no Deus da minha salvação”.

No entanto, o contentamento, a alegria, a gratidão que vêm de Deus, só se estabelecem em nós com a invasão da eternidade no coração do homem, e com a consciência em fé que o faça transcender..., sim, na esperança da glória de Deus; pois, somente depois disso é que se dá o passo seguinte, que é aprendermos a nos gloriar nas próprias tribulações.

Em Paulo, sua maior exortação à alegria foi feita enquanto ele estava preso em um calabouço gelado e sem amigos...

Assim, saiba:

Você não tem que andar gargalhando...

Alegria não é gargalhada necessariamente...

Ao contrario, muitas vezes as alegrias mais profundas vêm nas correntes das lágrimas...

Entretanto, seja sorrindo seja chorando, a alma pode aprender a alegria e a serenidade exultante no espírito!

Sim, pode; pois o Espírito da Vida habita em nós!


Nele, que viu o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficou satisfeito,

Caio


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03 agosto, 2009

O MANDAMENTO DE DEUS É SAÚDE!

Quando Jesus insiste em que não se ande ansioso de nada, quando ordena que se confie no cuidado do Pai, e ainda quando diz para enchermo-nos de esperança a fim de vivermos todos os dias — Ele certamente sabia o que dizia; e isto não por razões “devocionais”, mas sim de saúde e vida.

Aliás, Jesus não tem mandamentos “Devocionais”. Todos apenas têm a ver com saúde e vida.

Tudo o que Jesus manda fazer é para o bem do homem, não de Deus.

Nada há que o homem possa fazer que faça a mal ou bem a Deus. O homem pode fazer mal até aos anjos, mas o grande mal que ele faz, além de atingir as demais criaturas sob o alcance de seus “dominios de morte”, atinge apenas a ele mesmo.

Os mandamentos de Deus são vida; e são também os agentes de poder anti-suicida que a Graça implanta em nós como motor de vida.

Assim é com tudo o mais que seja pertinente a Jesus e ao Evangelho!

Paulo, seguindo a mesma toada, nos diz no que pensar e nos manda manter a mente esperançosa sempre...

E mais: ninguém insiste mais no poder da gratidão para o bem do todo da vida, da purificação da consciência à consagração de alimentos; do serviço a Deus e ao patrão ruim; de tudo a tudo Paulo manda que se ande em gratidão.

Hoje se sabe que o pensamento do homem pode viciar seu cérebro na negatividade, e, assim, adoecer o comportamento humano e suas relações sociais, e tudo porque, agora, mesmo lutando contra, o homem se vê viciado em pensar mal, o negativamente, e, quando vê, já está no processo...

Humildade, alegria e fé esperançosa são os melhores animadores de mente, alma e cérebro!

A humildade nos impede de surtar...

A alegria nos condiciona a pensar em problemas como oportunidades...

A fé esperançosa não reconhece impossibilidade nem diante da morte...

De outro lado o mandamento ensina o realismo total...

Não nascem figos de espinheiros e nem uvas de abrolhos!...

Assim é o realismo de Jesus...

O equilíbrio entre senso de realidade e os mandamentos da esperança pacificada em fé, combinados, geram o ser sadio e harmonizado em tudo; isto na relatividade do tempo presente...

Portanto, saiba: negatividade, mau humor, medo, desconfiança e ingratidão são para o cérebro drogas mais destruidoras do que heroína e cocaína...

As drogas químicas acabam com o corpo e atacam o sistema nervoso, mas têm menos poder de atingir o espírito do que a negatividade, o mau humor, o medo, a desconfiança e a ingratidão...

Overdose de negatividade mata a alma de qualquer homem; é apenas uma questão de tempo.

Hoje se sabe como as decisões de natureza psicológica afetam o corpo todo. Uma pessoa apaixonada recebe as mesmas cargas de estimulo químico-cerebral que uma pessoa que sofra de Transtorno Obsessivo Compulsivo. A paixão muda o cérebro enquanto dure a paixão, assim como o TOC altera o cérebro do homem — e nas mesmas áreas...

Veja: uma paixão muda o cérebro... Por isto, muitas vezes, a pessoa apaixonada não ama aquele por quem se apaixonou, mas apenas está sob o efeito da droga que o cérebro liberou em razão da magia psíquica que se instalou na alma do amante.

Um ano depois, quando o efeito da droga vai diminuindo no cérebro, a paixão começa a se esvair...

Ora, assim como a paixão, creia, a negatividade, a ansiedade, o pânico, o pessimismo, a descrença, e os pensamentos auto-destrutivos ou tomados de paranóia, sim, todos eles, separadamente ou somados, têm poder maior do que o da cocaína ou da paixão, que são drogas poderosas...

Assim, não adianta orar pedindo bênçãos de Deus se a sua mente é uma oficina de demônios de negatividade...

Conserte a sua mente, os seus pensamentos...; e seu novo pensar e seu novo sentir e atuar na vida tornar-se-ão as orações mais efetivas e saudáveis para você mesmo...

Os homens a quem Jesus comparou a meninos, eram seres que não se satisfaziam com nada: nem com a alegria e nem com a tristeza...

Jesus disse que gente como eles haviam se tornado... nem Deus poderia ajudar!...

Você já pensou em como suas dores podem apenas ser vícios mentais antigos e que hoje se apresentam mediante as desordens que em você aparecem sem que você saiba a razão.

Pense nisso e tome suas decisões enquanto é Dia...

Nele,

Caio

3 de agosto de 2009




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