Mantendo a integridade

29 abril, 2009

“Jó, sentado em cinza, tomou um caco para com ele raspar-se. Então, sua mulher lhe disse: Ainda conservas a tua integridade? Amaldiçoa a Deus e morre. Mas ele lhe respondeu: Falas como qualquer doida; temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios.”

A perda e a dor advinda da mesma bem como toda a sorte de sofrimento que por vezes passamos nos fazem questionar a validade do andar com Deus. Qual a razão de se manter integro, de lutar contra nossa natureza ávida por paixão, de não satisfazer de forma descomprometida as demandas da carne se Deus não nos livra de passarmos por tudo isso? A história de Jó, como todas na bíblia, tem o intuito de nos ensinar verdades independentemente da mesma ter sido real ou não. O fato, é que em maior ou menor grau também experimentamos perdas e sofrimentos na nossa carne. Podemos literalmente perder aqueles que amamos em tragédias as quais estamos sujeitos ou mesmo perdermos os mesmos emocionalmente por meio de separações, traições, paixões etc. No entanto temos de Deus a missão de glorificá-lo com as nossas vidas, de aprendermos a ouvir a sua voz, de andarmos na luz, de vivermos na graça. Como negarmos a satisfação da nossa alma em prol de um compromisso com o evangelho se não enxergamos a benção de Deus de imediato nas nossas vidas? Quando celebramos vitórias na fé é fácil contagiarmo-nos com a esperança mas quando o quadro que se configura ao nosso redor é trágico, nosso companheiro ou companheira não nos quer mais, todos nos abandonaram e os recursos financeiros são escassos é difícil cantar a cântico de Habacuque:

“Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; Todavia eu me alegrarei no SENHOR; exultarei no Deus da minha salvação. O SENHOR Deus é a minha força, e fará os meus pés como os das cervas, e me fará andar sobre as minhas alturas.” Hb 3:17-19

Nessa hora a única coisa que nos resta é a integridade. A decisão de não sucumbir a tentação de abandonar o projeto de vida pautado em Deus é tremendamente difícil de ser feita, mas é a única coisa que Deus espera que façamos nessa hora. O restante é por conta dele. Temos vários exemplos na bíblia dessa situação além do de Jó. Daniel, por exemplo, se determinou a não se contaminar com as iguarias do rei que subjugara à Israel sendo abençoado por essa decisão, como também não se prostrou a outros deuses o que lhe valeu uma experiência de livramento impressionante na cova dos leões. O mesmo aconteceu com Sadraque, Mesaque e Abednego e a fornalha de fogo, episódio relatado no mesmo livro. Em última instância temos o exemplo do próprio Cristo que até confessou a sua vontade de não tomar o cálice que lhe era próprio mas que no fim obedeceu ao pai fazendo-lhe a vontade e tornando-se com isso o Salvador da humanidade.

A palavra diz que Jó recebeu em dobro tudo que perdeu mas o grande ganho da sua experiência foi o conhecimento que teve do próprio Deus.

“Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem.” Jo 42:5

Sem Deus a integridade do homem é uma grande bobagem. A vida é curta e o prazer acaba sendo a única justificativa para a mesma. O sentimento de felicidade a razão da existência! Por ele fazemos o que for necessário.

Com Deus a felicidade toma a forma da comunhão com aquele que nos conhece e sabe dos desejos do nosso coração, mas nos disciplina a buscar o seu reino em primeiro lugar para depois nos acrescentar a cada dia a satisfação da nossa alma.

Ainda conservas a integridade? – a pergunta da mulher de Jó ressoa até hoje em nossos ouvidos.
Espero que o Senhor continue nos ajudando a responder afirmativamente a essa pergunta.

Amém
Ido
28/04/2009

http://pensandodeus.blogspot.com





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O QUE É CONVERSÃO ?

15 abril, 2009

Por Caio Fábio
Música: Stênio Marcius (O Tapeceiro)
Voz: João Alexandre

Conversão é não ter absolutamente nenhum outro ponto de vista que não venha do Evangelho.
Conversão é não ter nenhum outro ponto de partida que não parta do Evangelho.
Conversão é não ter nenhum outro ponto de chão para caminhar que não seja o do Evangelho.
Conversão é não almejar nenhum outro ponto de chegada que não seja o do Evangelho.
Ou seja, conversão é estar impregnado do Evangelho dando razão a Deus todo dia, num processo que pode ter começado um dia, mas que só terminará no dia em que transformados de glória em glória nós nos tornarmos conforme a semelhança de Jesus.

Conversão é renovar a mente todo dia.
Conversão é ler este século, esse eon e não nos conformarmos com ele.
Conversão é ver mundo no mundo, e ver mundo no que se chama de Igreja.
Conversão é chamar de mundo não necessariamente o ambiente fora das paredes eclesiásticas, e chamar de Igreja o ambiente dentro das paredes eclesiásticas.

Conversão é saber que mundo é um espírito, um pensamento, ou uma atitude que pode está em qualquer lugar, e está freqüentemente nos concílios de um modo muito mais sofisticado do que está nos congressos políticos explicitamente definidores de políticas no mundo.
Conversão é manter a mente num estado de arrependimento constante, de metanóia, de mudança de mente, que por vezes, acontece com dor, outras vezes, só pela consciência que vai abraçando o entendimento e vai dando razão a Deus, e vai dando razão a Deus, e vai dando razão a Deus, e vai dizendo Deus tem razão, a palavra tem razão, e se ela tem razão eu quero conformar a minha vida conforme a verdade do Evangelho.





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VERDADE SEM AMOR É ARROGÂNCIA... O QUE VOCÊ ACHA DISSO?

06 abril, 2009

Fico pensando às vezes no que vejo em algumas pessoas que já tive a oportunidade de conhecer na caminhada. Uma dessas pessoas fazia questão de exaltar a sua sinceridade e se dizia sempre verdadeiro diante das pessoas.

Esta semana me vi pensando e meditando sobre o que é ser realmente verdadeiro. Pois, é impressionante como o ser humano é capaz de em sendo “verdadeiro” para os outros consegue ser tão mentiroso consigo mesmo.

Deixe-me explicar melhor.

Tem pessoas que se apegam tanto a fatos e informações como verdade e se sentem tão na disposição de jogar certas coisas na cara dos outros que acabam por deixarem de se perceberem por dentro. Para tais pessoas, a verdade é sempre alguma coisa para fora e nunca para dentro, para os outros e nunca para si. Tais pessoas se apegam com muita facilidade ao que chamam de “meus direitos” e “razões” sem enxergarem as razões da própria alma, ou seja, aquilo que as levam a assumir tal postura diante dos outros e da vida, como também não enxergam o direito do outro, nem que seja o direito da segunda chance.

Pense bem nisso: você é assim? Você é do tipo que nunca abre mão de um direito por mais que haja razões para tal?

Devo dizer o seguinte: VERDADE SEM AMOR É ARROGÂNCIA.

Pense nisto! Será que não está na hora de ceder um pouco? Será que não seria o caso de você perder um pouco para ganhar mais? Será que não seria o caso de você fazer o bom sacrifício em favor de alguém, pelo simples fato de você mesmo, se caso estivesse no lugar do outro, tivesse o desejo de ter uma segunda chance? Será que não seria melhor, por razões mais elevadas, deixar um pouco de lado suas razões para ganhar o outro.

Convite a fazer média com outros? Não. Quem me conhece sabe que não sou dado às médias, mas a verdade e a sinceridade. No entanto, entendo que mais do que ser sincero com os outros, devemos ser sinceros com o nosso coração. Quantas vezes o que chamamos de “verdade” ou “sinceridade” não passa de uma projeção que fazemos sobre o outro? Nos vemos tanto no outro e vemos no outro características interiores nossas que tanto nos desagradam que se torna, por vezes, quase inevitável não emitirmos algum juízo de valor... E então dizemos na lata com “sinceridade” as “verdades” que o outro precisa ouvir sem que tenhamos feito um mínimo de auto-avaliação sobre a nossa própria condição de alma que por vezes pode estar em situação até pior que a do outro. Quando assim acontece acabamos nos condenando naquilo que aprovamos. Não é no mínimo irônico?

Disse Jesus: “Não julgueis para não serdes julgados, pois com a mesma medida que medirdes, vos medirão também”.

Deste modo, fica-nos vedado o sermos arrogantemente sinceros e o sermos diabolicamente verdadeiros, pois, por trás de muitas “verdades” o que há é a motivação arrogante de ser maior e melhor que o outro. Neste caso todas as razões que se possam ter, perdem a razão de ser, visto que algo só é se for por amor. Sem amor, nada do que eu faça ou diga tem valor.

No entanto, tudo que é por amor é válido, pois o amor é a legitimação de tudo que se possa fazer. Quando o amor é verdadeiro a verdade é sempre amorosa ainda que seja dura tal verdade.

Não estou falando aqui de que nunca se deva falar com certa firmeza sobre certas verdades que outras pessoas precisam ouvir. Sinceridade sempre. Verdade sempre. Aliás, é por causa de um grito que uma boiada pode ser salva. O próprio escritor do Livro aos Hebreus diz que Deus castiga a todos quanto ama. É possível que Deus às vezes nos dê uma surra de palavras muito fortes para acordar nossas mentes e corações de sonos profundos de auto-engano. Eu creio nisto! A Palavra de Deus está cheia de palavras que me admoestam, me exortam, me alertam, me confrontam com a radicalidade das verdades-realidades do meu ser. Doe um bocado, mas no final faz um bem danado. Rsrs...

Gostaria de te dar a oportunidade de meditar nestas palavras, assim como eu mesmo tive esta oportunidade. Que você possa rever, quem sabe, o seu jeito de ser. Especialmente suas motivações quando está falando para alguém.

Você tem uma verdade para dizer alguém? Você é suficientemente sincero para dizê-lo? Muito bem! Antes, porém, pergunte se esta verdade que você quer dizer é, antes de tudo, verdade em você. Por exemplo, chego para um amigo e digo para ele: “cara, você precisa deixar de falar dos outros”, quando você mesmo fala. Não é uma contradição?

Meu querido, minha querida, não sinta-se ofendido em nada. Aqui só estou compartilhando do meu próprio refletir. Se você tem feito este exercício da verdade e da sinceridade antes de tudo com você mesmo, parabéns. Continue! Este é o caminho.

Falando em caminho, vale lembrar o que Jesus falou.

Disse Ele: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”.

Não há melhor caminho para a verdade do que Jesus, pois Ele é aquele que revela o que somos por dentro, na medida que com Ele caminhamos, e é inevitável que isto não gere vida.

Verdade sem amor é arrogância, pois não há melhor razão para a verdade que o amor. Sem amor o que sobra é auto-engano, mentira e sombra no ser, ainda que se esteja falando a “verdade”.

Pense nisto!

“E conhecereis A VERDADE e A VERDADE vos libertará”.


No Caminho,


Samuel Andrade
Recife, PE - Brasil
03/04/2009 DC




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