01 dezembro, 2009

MELHOR SABE DA GRAÇA QUEM MELHOR SABE DA QUEDA!

Paulo disse que onde abundou o pecado superabundou a Graça.

Jesus disse que a pecadora que invadira o jantar que lhe fora oferecido por Simão, o fariseu, e que se jogara diante Dele... beijando-lhe os pés e enxugando-os com seus próprios cabelos... amava mais porque muito mais se sabia perdoada que a maioria naquele lugar—na casa de Simão o fariseu.

A mulher conhecia o pecado como pratica observável no comportamento externo e suas conseqüências interiores... no ser.

Paulo, todavia, sentia igual ou maior gratidão, sem ter jamais feito nada que aos sentidos exteriores pudesse ser reprovado.

“Eu sou o principal pecador”—disse ele.

É neste ponto que o entendimento cristão das coisas se confunde. Tem gente que pensa que conhece o pecado porque odeia os pecadores.

Tem gente que pensa que conhece o pecado porque já pecou muito os pecados que são odiados pelos que julgam saber o que é pecado.

Paulo sabia o que era pecado sem poder ser acusado de nenhum ato ignominioso.

Por que?

Leia Romanos 7 e veja como ele se enxergava.

Ao final daquele exercício de auto-percepção o grito dele é terrível: Desventurado homem que sou!

Romanos 7 é a versão existencial do livro de Eclesiastes.

Assim como o Eclesiastes tira Deus da vida para que se possa enxergar a vacuidade da existência, assim também Paulo retira a Deus do ser para que se possa enxergar a doença essencial do pecado que habita em mim.

Hoje um amigo que já está casado há mais de trinta anos me disse que casou virgem e que nunca jamais conheceu outra mulher...mas somente a sua esposa.

Fiquei olhando para ele e pensando nisto que agora escrevo.

Por que?

Porque ele é um homem cheio de Graça e misericórdia... apesar de não ter jamais tido que sentir externamente o seu próprio pecar como conduta ou agravo exterior... ou como juízo ou julgamento.

Eu conheço o meu pecado como a pecadora que beijava os pés de Jesus e como Paulo, que se sabia o “principal”.

Entretanto, fico mais que feliz sempre que encontro gente que não precisou se arrebentar do lado de fora a fim de se enxergar do lado de dentro.

Afinal, se pecar trouxesse auto-revelação, nós, cristãos, estaríamos iluminados... pois não fazemos outra coisa... especialmente quando julgamos os demais.

Consciência de pecado é revelação.

Sem essa revelação você não discerne quem é... e sem tal percepção você jamais saberá o significado da Graça para você.

O melhor de tudo é que isto prescinde de ter que quebrar a cara... basta quebrar e quebrantar o coração.

Assim, todo santo tem que se saber profundamente pecador.. .e todo pecador alcançado pela Graça se saberá cada vez mais pecador.

E isto tudo acontece sem culpose e sem neurose.

A revelação não adoece a alma.

Paulo podia saber do pecado sem ter que pecar como exercício cotidiano de anti-vida.

Mas quem não se enche de misericórdia, freqüentemente tem que quebrar a cara para se enxergar... não que sempre que assim seja, seja porque assim é....há outras razões boas para o ser que é vitimado pela dor de sua própria transgressão.

O que importa é que a Graça jamais seja vã em nossa vida.

E que esse entendimento nos torne misericordiosos.

Assim como Deus em Cristo vos perdoou, assim também perdoai vós.
Era assim que Paulo via as coisas.

Nele,


Caio





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