VERDADE SEM AMOR É ARROGÂNCIA... O QUE VOCÊ ACHA DISSO?

06 abril, 2009

Fico pensando às vezes no que vejo em algumas pessoas que já tive a oportunidade de conhecer na caminhada. Uma dessas pessoas fazia questão de exaltar a sua sinceridade e se dizia sempre verdadeiro diante das pessoas.

Esta semana me vi pensando e meditando sobre o que é ser realmente verdadeiro. Pois, é impressionante como o ser humano é capaz de em sendo “verdadeiro” para os outros consegue ser tão mentiroso consigo mesmo.

Deixe-me explicar melhor.

Tem pessoas que se apegam tanto a fatos e informações como verdade e se sentem tão na disposição de jogar certas coisas na cara dos outros que acabam por deixarem de se perceberem por dentro. Para tais pessoas, a verdade é sempre alguma coisa para fora e nunca para dentro, para os outros e nunca para si. Tais pessoas se apegam com muita facilidade ao que chamam de “meus direitos” e “razões” sem enxergarem as razões da própria alma, ou seja, aquilo que as levam a assumir tal postura diante dos outros e da vida, como também não enxergam o direito do outro, nem que seja o direito da segunda chance.

Pense bem nisso: você é assim? Você é do tipo que nunca abre mão de um direito por mais que haja razões para tal?

Devo dizer o seguinte: VERDADE SEM AMOR É ARROGÂNCIA.

Pense nisto! Será que não está na hora de ceder um pouco? Será que não seria o caso de você perder um pouco para ganhar mais? Será que não seria o caso de você fazer o bom sacrifício em favor de alguém, pelo simples fato de você mesmo, se caso estivesse no lugar do outro, tivesse o desejo de ter uma segunda chance? Será que não seria melhor, por razões mais elevadas, deixar um pouco de lado suas razões para ganhar o outro.

Convite a fazer média com outros? Não. Quem me conhece sabe que não sou dado às médias, mas a verdade e a sinceridade. No entanto, entendo que mais do que ser sincero com os outros, devemos ser sinceros com o nosso coração. Quantas vezes o que chamamos de “verdade” ou “sinceridade” não passa de uma projeção que fazemos sobre o outro? Nos vemos tanto no outro e vemos no outro características interiores nossas que tanto nos desagradam que se torna, por vezes, quase inevitável não emitirmos algum juízo de valor... E então dizemos na lata com “sinceridade” as “verdades” que o outro precisa ouvir sem que tenhamos feito um mínimo de auto-avaliação sobre a nossa própria condição de alma que por vezes pode estar em situação até pior que a do outro. Quando assim acontece acabamos nos condenando naquilo que aprovamos. Não é no mínimo irônico?

Disse Jesus: “Não julgueis para não serdes julgados, pois com a mesma medida que medirdes, vos medirão também”.

Deste modo, fica-nos vedado o sermos arrogantemente sinceros e o sermos diabolicamente verdadeiros, pois, por trás de muitas “verdades” o que há é a motivação arrogante de ser maior e melhor que o outro. Neste caso todas as razões que se possam ter, perdem a razão de ser, visto que algo só é se for por amor. Sem amor, nada do que eu faça ou diga tem valor.

No entanto, tudo que é por amor é válido, pois o amor é a legitimação de tudo que se possa fazer. Quando o amor é verdadeiro a verdade é sempre amorosa ainda que seja dura tal verdade.

Não estou falando aqui de que nunca se deva falar com certa firmeza sobre certas verdades que outras pessoas precisam ouvir. Sinceridade sempre. Verdade sempre. Aliás, é por causa de um grito que uma boiada pode ser salva. O próprio escritor do Livro aos Hebreus diz que Deus castiga a todos quanto ama. É possível que Deus às vezes nos dê uma surra de palavras muito fortes para acordar nossas mentes e corações de sonos profundos de auto-engano. Eu creio nisto! A Palavra de Deus está cheia de palavras que me admoestam, me exortam, me alertam, me confrontam com a radicalidade das verdades-realidades do meu ser. Doe um bocado, mas no final faz um bem danado. Rsrs...

Gostaria de te dar a oportunidade de meditar nestas palavras, assim como eu mesmo tive esta oportunidade. Que você possa rever, quem sabe, o seu jeito de ser. Especialmente suas motivações quando está falando para alguém.

Você tem uma verdade para dizer alguém? Você é suficientemente sincero para dizê-lo? Muito bem! Antes, porém, pergunte se esta verdade que você quer dizer é, antes de tudo, verdade em você. Por exemplo, chego para um amigo e digo para ele: “cara, você precisa deixar de falar dos outros”, quando você mesmo fala. Não é uma contradição?

Meu querido, minha querida, não sinta-se ofendido em nada. Aqui só estou compartilhando do meu próprio refletir. Se você tem feito este exercício da verdade e da sinceridade antes de tudo com você mesmo, parabéns. Continue! Este é o caminho.

Falando em caminho, vale lembrar o que Jesus falou.

Disse Ele: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”.

Não há melhor caminho para a verdade do que Jesus, pois Ele é aquele que revela o que somos por dentro, na medida que com Ele caminhamos, e é inevitável que isto não gere vida.

Verdade sem amor é arrogância, pois não há melhor razão para a verdade que o amor. Sem amor o que sobra é auto-engano, mentira e sombra no ser, ainda que se esteja falando a “verdade”.

Pense nisto!

“E conhecereis A VERDADE e A VERDADE vos libertará”.


No Caminho,


Samuel Andrade
Recife, PE - Brasil
03/04/2009 DC




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